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"Por Deus que está no céu, eu nunca serei preso" diz Jair Bolsonaro

"O que tentaram nos roubar em 64, tentam nos roubar agora. Lá atrás pelas armas, hoje pelas canetas", afirmou

O presidente Jair Bolsonaro comparou nesta segunda-feira a atualidade a 1964, ano do golpe militar, para dizer que a liberdade está ameaçada no País. "O que tentaram nos roubar em 64, tentam nos roubar agora. Lá atrás pelas armas, hoje pelas canetas", afirmou o presidente em um evento com empresários em São Paulo. "A liberdade é mais importante que a nossa própria vida", voltou a dizer.

A suposta proteção às liberdades individuais e democráticas foi a justificativa utilizada pelos militares para derrubar o então presidente João Goulart e instalar o regime de exceção no País, que durou 21 anos.

No mesmo discurso, Bolsonaro voltou a minimizar a defesa de golpe militar - o que é inconstitucional - em manifestações pró-governo. "Entendo tudo isso como liberdade de expressão", declarou, chamando em seguida de "psicopata" e "imbecil" quem classifica os atos bolsonaristas como antidemocráticos por suas bandeiras.

O chefe do Executivo ainda disse se sentir um "prisioneiro sem tornozeleira eletrônica" no comando do País e descartou que um dia possa ser preso. "Por Deus que está no céu, eu nunca serei preso. Não estou dando recado para ninguém", afirmou no evento.

Mantendo o clima de tensão institucional, o presidente voltou a pedir que o Supremo Tribunal Federal não aprove o marco temporal e a ameaçar descumprir uma eventual decisão da Corte nesse sentido.

"O que sobra pra mim se o Supremo aprovar isso? Eu tenho que pegar a chave na presidência e entregar no Supremo, ou falar 'não vou cumprir'", repetiu. "Não se pensa no Brasil de jeito nenhum, o Brasil que se exploda, essa é a máxima", disse ainda Bolsonaro sobre as forças políticas no País

Fonte: Estadão Conteúdo