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“Não posso ter remorso da culpa que não tenho”, diz Djalma Filho em julgamento do caso Donizetti

O advogado e ex-vereador Djalma Filho, acusado de ser o mandante do assassinato do jornalista Donizetti Adalto, voltou a negar qualquer participação no crime, ocorrido em setembro de 1998. Hoje, aconteceu interrogatório na 1ª vara do Tribunal Popular do Júri após três adiamentos. 

"São 8.621 dias e noites que respondo por uma acusação injusta e improcedente. Todas essas noites e dias, eu não posso ter o remorso da culpa que não tenho. Tenho o contrário, o peso da acusação por atos que não fiz [...] a maior expectativa que tenho aqui hoje é o resgate do meu nome, que construí com muita dificuldade, com muito trabalho”, disse o acusado na ocasião.

Além de Djalma Filho, o Júri ouviu os motorista Fabrício de Jesus Costa Lima e Sérgio Ricardo do Nascimento Silva, e os policiais civis João Evangelista de Meneses, o ‘Pezão’ e Ricardo Luís Alvez de Sousa, que também são acusados de participação no crime, e testemunhas de defesa e acusação. 

A sessão, que já dura quase sete horas, é acompanhada pelo promotor Regis Marinho, pelo defensor público Dácio Rufino, e presidida pelo juiz Antônio Noleto, que orientou os membros do Júri, antes da defesa e acusação apresentarem suas argumentações sobre o caso, que evitassem tomar qualquer posicionamento tomados por dúvidas para que pudessem fazer um julgamento “sereno” e “justo” dos acusados. 

"Desejo aos senhores jurados toda a luz de Deus para que façam um julgamento justo. Se a justiça é condenar, condenem. Se a justiça é absolver, absolvam. Mas contanto que o ato dos senhores seja justo, para não chegar em casa e ter a sensação de que deu o voto que não queria [...] o voto dos senhores não é necessariamente consequência do que disse o promotor ou do que disse a defesa”, pontuou o magistrado.

O CRIME

Donizetti Adalto foi espancado e morto a tiros na noite de 19 de setembro de 1998, na avenida Marechal Castelo Branco, zona norte de Teresina. Naquele ano, o jornalista, candidato a deputado federal, fazia dobradinha com Djalma Filho, que disputava uma vaga para a Assembleia Legislativa.

Conforme relatos de acusados e de testemunhas no processo, Donizetti foi morto quando estava em um carro que era conduzido por Djalma, quando foram interceptados por um outro veículo onde estavam os os dois policiais civis, que seriam os assassinos do jornalista. O ex-vereador é apontado no processo como o mandante do crime. Cidadeverde.com