A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que a depressão é o mal do século XXI e atinge cerca de 10% da população de todo o mundo. De acordo com a OMS, esse índice aumenta a cada ano. Em entrevista ao Notícia da Manhã, dessa terça-feira (15), o psicólogo Eduardo Moita explicou que a doença precisa ser tratada e não julgada.
“O que a gente precisa fazer, quando percebe que alguém está com sintomas de depressão é ofertar ajuda e nunca julgamento, a palavra de ordem dentro da saúde mental é acolhimento e não julgamento. Isso não é frescura, depressão não é falta de Deus no coração, não é fraqueza, é uma doença que precisa ser trada e não julgada. A gente precisa estar ciente, atento as pessoas que a gente gosta e mostrando verdadeiramente à aquela pessoa que ela tem uma possibilidade de ajuda e acompanhamento”, reforça o psicólogo.
Segundo o psicólogo, cada caso de depressão é único, mas entre os principais sintomas da doença estão a alteração de humor e sono.
“Os sintomas da depressão são vários, mas a gente tem que entender que cada caso é um caso, mas independente disso existe alteração de humor, alteração no nosso sono, alteração no cotidiano, alimentação, relacionamento”, ressalta.
Eduardo Moita também explica que a pandemia de Covid-19 influenciou bastante no comportamento das pessoas e pontecializou as chances do desenvolvimento de quadros depressivos.
“A gente viveu um momento de isolamento físico, um momento de isolamento social muito forte, o que desencadeou diversos sentimentos, diversas perspectivas de vida, diversos pensamentos e principalmente diversas dificuldades. Então as pessoas se perceberam em um momento em que não podia se movimentar, que não podia trabalhar, com dificuldades financeiras, com dificuldades nas relações e isso dificulta ainda mais e potencializa a chance de se desenvolver um quadro depressivo”, explica Eduardo Moita.
Para evitar a depressão, o psicólogo aponta que existe diversos caminhos, entre eles a busca de um cotidiano saudável, com boas relações, atividades físicas e equilíbrio.
“A gente tem vários caminhos para evitar a depressão, o primeiro deles é buscar um cotidiano saudável, uma atividade física, boas relações, momentos de lazer, procurar ter uma qualidade de vida, não se sobrecarregar com informações ruins e uma rotina de dia a dia saudável, não ter relações tóxicas e abusivas, a palavra da vida é equilíbrio”, finaliza.
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