O governador Wellington Dias (PT) e o ministro-chefe da Casa Civil, Ciro Nogueira (Progressistas) deixaram as diferenças políticas de lado na manhã desta quinta-feira (20) e tiveram uma conversa com objetivo de buscar ações para evitar que o Piauí e demais estados tenham um novo colapso no sistema de saúde. Entre as pautas discutidas está o aumento de casos de Covid-19 e Influenza H3N2 no país nas últimas semanas.
Segundo a Coordenadoria de Comunicação, o encontro aconteceu de forma virtual.
O anúncio foi feito por Wellington Dias em entrevista à imprensa. Segundo o governador, foi tratado com Ciro sobre um acordo dos estados com o governo federal para o credenciamento de leitos na rede hospitalar municipal, estadual e federal para o atendimento de pacientes que tem como data para vencimento o dia 31 de janeiro.
Os governadores querem que a medida seja entendida, agora, para atender a demanda de atendimento que aumentou devido a variante Ômicron e aos surtos H3N2 e influenza e demais doenças sazonais como a dengue. Segundo Wellington Dias, pelo menos sete estados já apresentam ocupação de leitos superior a 70%.
“O ministro Ciro Nogueira já conversou com o ministro Queiroga, e ele me retornou dizendo que estão acompanhando e que vão atender. A discussão é se deixa uma reserva para estados onde há crescimento ou se atende aqueles que já estão com um volume maior de pacientes. Isso é muito importante para evitarmos o problema que tivemos lá atrás que é o de falta de leitos, de filas. Quero de público agradecer a atenção do ministro Nogueira e ministro Queiroga pela atenção dispensada”, frisou.
A declaração de Wellington Dias foi dada durante a inauguração do Centro de Reinserção Social nomeado de “Retomando o Caminho” no bairro Vermelha, no Centro Sul de Teresina.
Na solenidade, deputados da base como Fábio Novo (PT), Fábio Abreu, e o secretário de Assistência Social José Santana (MDB) o acompanharam.
Em relação ao campo político, Wellington Dias comentou sobre as críticas que Ciro Nogueira tem feito ao pré-candidato Lula (PT), principalmente, a respeito da economia do país. O governador pontuou que é necessário entender os papéis do governo e oposição e acrescentar esperar que a eleição seja seja respeitosa.
“Temos que respeitar. Eleição é eleição, quem é governo e quem é oposição, cada um tem seu papel. O que espero é uma eleição respeitosa, com nível elevado onde possamos tratar dos temas do povo e que vença o melhor”, frisou.
Ele também saiu em defesa do ex-presidente petista e ressaltou a política econômica adotada por Lula na época que esteve à frente do Executivo.
“Me lembro quando o ex-presidente Lula assumiu em 2003 em que diziam que 500 mil empresários iriam embora do Brasil. Mas, se a gente olha o que aconteceu no Brasil entre 2003 e 2010 foi em que mais cresceram os que já estavam e mais empreenderes surgiram no Brasil e muito mais do mundo vieram investir no Brasil. O Brasil está precisando de esperança. Acho que o Lula hoje representa esperança, por tudo que ele já fez e tem de capacidade, articulação e competência técnica”, finalizou.