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Período de quarentena para assintomáticos pode reduzir de 10 para 5 dias, afirma Queiroga

Bolsonaro volta a criticar vacinação em crianças: 'óbito é quase zero'

O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, afirmou nesta segunda-feira que uma decisão referente a diminuição do período de quarentena, de dez para cinco dias, de pessoas que contaminadas com covid-19, mas assintomáticas, deve ser tomada hoje. Na chegada ao Ministério, Queiroga declarou que a Secretaria de Saúde deve se reunir com o Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems), para "bater a posição final".

A medida permitiria, por exemplo, o trabalho de médicos e outros profissionais de saúde mesmo assintomáticos.

Reforçando a necessidade de se intensificar a campanha de vacinação no País, Queiroga também garantiu que a Pasta tem os insumos necessários para atender Estados e municípios tanto na questão de vacinação, quanto de itens como oxigênio e o kit intubação. "Gostaria de tranquilizar os brasileiros que o Ministério da Saúde tem provisões", disse o ministro. Segundo ele, existem estoques reguladores do kits para um período de três meses.

Queiroga também afirmou que apesar do aumento no número de casos de covid no País, puxados pela variante Ômicron, o Brasil apresenta um "desempenho semelhante a alguns países da Europa". Aqui e no continente europeu, de acordo com o ministro, "houve um incremento de casos, mas não tem havido uma subida de óbitos"

O ministro também reforçou a importância da vacinação ao reconhecer que ela é responsável pela menor pressão no sistema de saúde mesmo com o recrudescimento da pandemia. "Temos a esperança que não haja uma explosão de internações hospitalares e também um aumento proporcional de óbitos por que a nossa população está fortemente vacinada", disse.

Fonte: Estadão Conteúdo .

O presidente Jair Bolsonaro voltou a criticar a vacinação de crianças contra a covid-19 nesta segunda-feira, 10. Em entrevista à Rádio Sarandi, do Rio Grande do Sul, o chefe do Executivo disse que a Pfizer, farmacêutica que produz imunizantes para a faixa etária entre 5 e 11 anos, não se responsabiliza por possíveis efeitos colaterais. A aplicação da vacina nessa faixa etária, contudo, foi recomendada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

"As crianças podem contrair o vírus, sim, mas quase não sentem. Óbito é quase zero", afirmou Bolsonaro. Dados do próprio Ministério da Saúde, porém, mostram mais de 300 mortes de crianças devido à covid-19. O presidente também voltou a dizer que os pais decidirão se seus filhos serão imunizados ou não.

Depois de tentar dificultar a vacinação de crianças de 5 a 11 anos, ao considerar a exigência de uma prescrição médica, o Ministério da Saúde anunciou que o processo começará ainda em janeiro. Nesta semana, devem chegar as primeiras doses do imunizante da Pfizer para esse grupo etário.


Fonte: Estadão Conteúdo