O Piauí vai passar a contar com uma Força Integrada de Segurança para combater organizações criminosas. Uma reunião nesta terça-feira (19) entre representantes da Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal, Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Penal discutiu o termo de cooperação que será assinado. O piloto do projeto vai funcionar na sede da PF em Parnaíba e irá utilizar todo o aparato das instituições em investigações.
“A exemplo de outros estados, nós estamos nos organizando para formar uma força tarefa. Essa força tarefa será composta pelos órgãos que compõem o sistema. A ideia é unir esforços, a logística de cada um, para o enfrentamento de organizações criminosas. O foco são alguns crimes como o tráfico de entorpecentes dentre outros”, disse o secretário de Segurança, coronel Rubens Pereira.
Segundo ele, o projeto piloto da Força Integrada de Segurança começará por Parnaíba em virtude do aumento de crimes na região. “Esse projeto piloto vai começar no Piauí por Parnaíba. Já formamos lá um comitê integrado, mas nós precisamos de uma cobertura jurídica. Será assinado um termo de cooperação para que se tenha uma justificativa de gasto público de cada instituição”, explica.
A Força terá sede na delegacia regional da PF em Parnaíba. “Cada força terá um representante. Vai ter um espaço físico na delegacia regional federal de Parnaíba e vamos trocar informações de inteligência e, a partir daí, focar nas investigações e chega na autoria de crimes e acionar o judiciário”, afirmou, não descartando a expansão dos trabalhos para outras regiões.
“É uma força especificamente para o litoral em razão da realidade que estamos vivendo lá neste momento, mas que pode se estender para outras regiões do Piauí”, afirmou.
O acordo de cooperação técnica entre os órgãos permitirá a adoção de metodologia já validada em outros Estados brasileiros que trataram problemas semelhantes, levando em consideração as particularidades do Piauí, com qualificação de pessoal, aquisição de equipamentos, viaturas e sistemas de inteligência integrados.
Haverá colegiado
A chefe da Delegacia Regional de Investigação e Combate ao Crime Organizado da Polícia Federal, Gabriela Madrid Aquino, informou que o foco da força integrada é combater as facções criminosas, tráfico de drogas, de armas, receptações de cargas e outros crimes violentos.
“Será uma integração tanto de inteligência como operacional. Estaremos de prontidão para dar resposta e a integração é para evitar a fragmentação das ações e atuar de forma conjunta com comunicação e unindo forças”, disse a delegada Gabriela Aquino.
Hoje, ocorreu a primeira reunião para fechar um acordo detalhando a responsabilidade de cada órgão. “Não haverá hierarquia, será uma ação horizontal em que haverá um colegiado para as decisões mais importantes”.
Segundo a delegada da PF, haverá um somatório de estruturas, pessoal como de recursos para combater a criminalidade. A primeira experiência será na cidade de Parnaíba em que as forças vão focar no desmantelamento das facções criminosas que atuam no litoral com aumento de homicídios e tráficos de droga.