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Piauí é o maior produtor de pó de carnaúba do Brasil, aponta IBGE

O Piauí permanece como o maior produtor de pó de carnaúba do país. De acordo com a Pesquisa do Extrativismo Vegetal e da Silvicultura (PEVS) 2020 divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o estado atingiu a produção de 10,8 mil toneladas do produto.

Ainda segundo o IBGE, o Piauí gerou mais da metade, com 55,5%, da produção total de pó de carnaúba do Brasil que atingiu 19,4 mil toneladas no ano passado. Em relação ao valor do produto, o estado obteve cerca de R$ 133 milhões, equivalendo a 56,6% do valor total gerado no Brasil que foi de R$ 235 milhões.

Apesar do Piauí ser o estado com maior produção do país, as três cidades com maior volume são do Ceará. Os municípios cearenses de Granja, Camocim e Coreaú ocupam as primeiras posições quanto à quantidade de pó de carnaúba produzida em 2020. Na quarta posição vem o município piauiense de Piracuruca, seguido por Piripiri em quinto lugar.

Foto: IBGE

Exploração de matas nativas

Os dados da pesquisa do IBGE também mostraram que o extrativismo vegetal, que é a retirada de produtos oriundos de matas ou florestas nativas, corresponde a mais de 90% do valor gerado pela produção primária florestal no Piauí.

“O extrativismo vegetal ainda é expressivo no Piauí, principalmente pela participação do pó de carnaúba, além da extração de produtos alimentícios e aromáticos, que permitem a exploração sem a destruição das espécies vegetais”, explica o supervisor de Pesquisas Agropecuárias do IBGE no Piauí, Pedro Andrade.

De acordo com o IBGE, o pó de carnaúba é o principal produto de extrativismo vegetal do Piauí. Com ele, o estado obteve R$ 133 milhões em 2020, o que equivale a 61,8% do total obtido com a prática.

Área da silvicultura

Em relação a silvicultura no Piauí, a pesquisa revelou que a área destinada a prática sofreu uma redução de 14,9% no período de sete anos. Em 2013, o estado tinha 38,2 mil hectares de área destinada à silvicultura. Já em 2020, o número caiu para 32,5 mil hectares.

“A queda é atribuída à baixa demanda local, à falta de incentivos, mas principalmente à frustração de uma indústria demandante dos produtos da silvicultura que seria implantada no Piauí”, relata o supervisor Pedro Andrade.

 

Cidadeverde.com