O presidente Jair Bolsonaro chegou na solenidade de hasteamento da bandeira, em frente ao Palácio do Planalto, nesta terça-feira (7), guiado pelo ex-piloto de Fórmula 1 Nelson Piquet, no Rolls Royce presidencial, com crianças à bordo. Um, inclusive, estava no colo do mandatário.
As Forças Armadas cancelaram o desfile do feriado da Independência neste ano e no passado, devido à pandemia. O evento desta manhã substituiu a solenidade militar.
Bolsonaro foi recebido aos gritos de "mito" por seus apoiadores no local. Antes do evento, o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e alguns ministros também foram ovacionados pela plateia de algumas centenas de bolsonaristas.
Ao menos dez ministros participaram ao lado de Bolsonaro: Anderson Torres (Justiça), Onyx Lorenzoni (Trabalho), Paulo Guedes (Economia), Braga Netto (Defesa), Augusto Heleno (GSI), Flávia Arruda (Secretaria de Governo), João Roma (Cidadania), Tereza Cristina (Agricultura), Ciro Nogueira (Casa Civil) e Damares Alves (Mulher, Família e Direitos Humanos).
O vice-presidente Hamilton Mourão (PRTB) e parlamentares como o líder do governo na Câmara, Ricardo Barros (PP-PR), e Hélio Lopes (PSL-RJ) também compareceram.
Bolsonaro quer usar a data também para mostrar a unidade de seu gabinete. Antes do evento militar, houve café da manhã no Palácio do Alvorada.
A cerimônia conta com a ida de 18 paraquedistas ao Palácio da Alvorada, seguido da entrega da bandeira a Bolsonaro por um deles. Depois do hino nacional, houve uma salva de 21 tiros de canhão. Ao final da cerimônia, a Esquadrilha da Fumaça fez uma apresentação.
APOIADORES AGUARDAM PRESIDENTE
O público está concentrado na barreira montada pela segurança em frente ao Congresso. Há dezenas de caminhões e carros estacionados em frente aos ministérios e a poucos metros do Congresso, apesar de as avenidas da Esplanada estarem fechadas. Na madrugada, manifestantes furaram o bloqueio da polícia e invadiram a Esplanada.
Diversos manifestantes carregam faixas com pedidos golpistas, como intervenção militar ou fechar o STF e o Congresso. Uma larga bandeira amarrada em caminhões afirma que os manifestantes só vão deixar Brasília quando todos os ministros forem destituídos.
Há também automóveis e concentração de manifestantes em frente ao Itamaraty. Eles tentam forçar a passagem pelo bloqueio da polícia, no caminho que leva ao Supremo. Grupos também acampam em frente aos ministérios. Uma faixa em frente as barracas paradas no jardim do Ministério da Agricultura pede impeachment dos ministros do STF e voto impresso.
Policiais chegaram a dispersar os manifestantes neste ponto com gás pimenta, por volta de 7h30, segundo policiais que acompanharam a ação. A polícia acompanha a entrada dos manifestantes em alguns pontos da Esplanada e retira cabos de bandeira, entre outros objetos proibidos.
Mas há lacunas. A reportagem da Folha de S.Paulo entrou na avenida sem ser revistada. Em frente ao Congresso, manifestantes também carregam bandeiras com cabos de madeira.
Fonte: Folhapress.
Manifestantes bolsonaristas furam bloqueio na Esplanada dos Ministérios.
Manifestantes bolsonaristas furam bloqueio na Esplanada dos Ministérios bloqueio da Polícia Militar do Distrito Federal e ingressaram na Esplanada dos Ministérios na noite desta segunda-feira (6).
O trânsito na região estava fechado para carros desde a noite de domingo (5), mas após pressão dos manifestantes a PM liberou o bloqueio, permitindo que carros descessem em direção ao prédio do STF (Supremo Tribunal Federal).
"Os veículos seriam autorizados a entrar à 0h, mas alguns manifestantes tentaram forçar uma entrada com veículos num dos pontos de bloqueio. A situação foi contornada", informou a PM, em nota.
Em vídeos publicados nas redes sociais, é possível ouvir um homem gritando: "Acabamos de invadir, a polícia não deu conta de segurar o povo". Ele ainda completa: "E nós vamos invadir o STF amanhã".
Após romperem o bloqueio, caminhões e centenas de manifestantes avançaram até a frente do Palácio do Itamaraty, parando em um bloqueio a poucos metros do Congresso Nacional.
As forças de segurança montaram um cordão de isolamento, com cerca de 30 policiais, enquanto na retaguarda havia unidades da tropa de choque.
No início da invasão da Esplanada, houve momentos de tensão. Vídeos mostram policiais em número reduzido tentando inutilmente convencer os manifestantes. Em uma cena, um policial chega a sacar uma arma para tentar dispersar o grupo, sem sucesso. Com raras exceções, os manifestantes estavam sem máscaras e completamente aglomerados.
Motoristas de caminhões buzinavam e aceleravam, sem sair do lugar, para estimular os manifestantes a seguirem adiante. A todo momento, havia gritos de "libera, libera" em direção aos policiais. Muitos manifestantes consumiam bebidas alcoólicas.
Houve um princípio de confusão entre os próprios manifestantes, que queriam retirar um líder caminhoneiro que estava mais exaltado e estimulava romper o bloqueio.
Os gramados da Esplanada ficaram cheios de carros e caminhões estacionados. Alguns manifestantes montaram barracas bem próximas ao Congresso.
Os presentes mesclavam ofensas ao ministro Alexandre de Moraes, do STF, com o Hino Nacional e da Independência. Também havia faixas com os dizeres "supremo é o povo" e críticas a personalidades políticas, como o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), até então poupado pelos bolsonaristas.
Por volta de meia-noite, a movimentação já era menor. No entanto, algumas pessoas ainda se aglomeravam perto dos caminhões. Algumas faixas com dizeres mais radicais foram estendidas. Uma delas dizia "Presidente, acione as Forças Armadas. Faça o que tem que ser feito".
O ministro da CGU (Controladoria-Geral da União), Wagner Rosário, publicou um tuíte exaltando a invasão dos manifestantes na Esplanada.
"Lindo ver Brasília ser tomada por pessoas de bem. Pessoas ordeiras, que só querem viver num país mais justo, mais livre e mais democrático. Tá bonito de ver!!! Viva o 07 de setembro!!", escreveu.
Fonte: Folhapress