O período seco já anunciou a que veio aqui no Piauí. O clima apresenta aos piauienses tempo seco, com altas temperaturas e baixa umidade. As características bem marcantes são comuns do mês de agosto, mas já puderam ser sentidas desde julho, quando foram registrados episódios e alertas de baixa umidade.
“De certa forma, as condições já vinham se formando, porque tivemos condições chuvosas profundamente irregulares, de modo que chegamos agosto com a característica básica do período seco, que é céu sem nuvens, o famoso tempo firme, condição de luminosidade intensa, com muita radiação ultravioleta, aumento da temperatura, o que é relativamente normal, e o fator mais característico que é a baixa umidade relativa do ar, sempre abaixo de 60%, com pico abaixo de 30%”, explica o climatologista Werton Costa.
E a climatologia prevê mais mudanças das temperaturas no período do B-RO-Bró. Isso porque as previsões vêm sinalizando ligeiro incremento acima da média. “Não é que a temperatura esteja subindo ano após ano em Teresina, ela ficará acima da média. Em alguns anos temos marcado entre 0,5ºC a 1ºC, dependendo da região. Dependendo do ponto do território piauiense, teremos aumentos variados de graus, mas dentro da média do mês, e não de uma crescente em temperatura”, destaca o especialista.
Dessa forma, Werton Costa acrescenta que, para os próximos meses, devemos esperar condições extremamente hostis para a nossa saúde, exigindo cuidado redobrado a partir de agora. “A situação deve ser de vigilância, de escutar as orientações dos profissionais de saúde, de manter as devidas cautelas com idosos e crianças, ingerindo bastante líquido e cuidando da pele. O sol depois das 10h começa a complicar a vida das pessoas”, alerta.
O climatologista destacar que Teresina é uma cidade composta por diversas dimensões microclimáticas, ou seja, pessoas que vivem em condições climáticas internas e externas. “Algumas pessoas vivem em ambientes climatizados, como carro, trabalho e casa, que quando vão para o ambiente externo se depararam com uma situação hostil, com ar seco e temperatura elevada, e o desconforto térmico é real. Mas também há aquelas pessoas que trabalham exclusivamente expostas. O B-RO-Bró não é democrático, ele tem o fator da desigualdade, da vulnerabilidade, que faz com que as pessoas que não tem esse suporte sintam muito mais”, conclui Werton Costa.
Fonte: Portal O Dia