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Brasil passa das mil mortes pelo novo coronavírus e tem quase 20 mil infectados

O Brasil passou das mil mortes pelo novo coronavírus nesta sexta-feira, 10, e tem quase 20 mil pessoas diagnosticadas com a covid-19, segundo dados do Ministério da Saúde. O País registra 1.056 óbitos e 19.638 casos confirmados da doença em todas as unidades federativas.

O Estado de São Paulo segue sendo o mais afetado, com 8.216 casos e 540 mortes, seguido por Rio de Janeiro (2.464 e 147 óbitos) e Ceará (1.478 e 58 óbitos).

A pasta prevê que o pico da covid-19 deve ser entre o fim de abril e início de maio. Jean Gorinchteyn, infectologista do Hospital Emilio Ribas, afirma que esse pico deveria estar acontecendo agora, mas o País conseguiu adiar.

"Essas curvas foram desaceleradas pelas quarentenas e, em paralelo, pela otimização dos hospitais de campanha, com leitos de UTI e aparelhos", diz o especialista. Estadão Conteúdo

Laboratório brasileiro desenvolve teste nacional para covid-19

O Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA) anunciou hoje (08), por meio de nota, que está trabalhando em uma versão nacional dos kits de diagnóstico rápido de covid-19. O novo teste será produzido com insumos nacionais e terá um índice de detecção superior ao dos kits importados.

“A cada novo país o vírus sofre mutações e vai se adaptando. Os kits diagnósticos produzidos com anticorpos e antígenos importados podem ter baixa sensibilidade de detecção no Brasil, uma vez que não são adaptados à nossa realidade viral, por isso a necessidade de produção de um kit com insumos nacionais para atender à específica e crescente demanda brasileira", afirmou Fábio Calderaro, gestor do CBA.

Segundo Calderaro, a técnica de produção com materiais e antígenos nacionais poderá ser distribuída para diferentes centros de produção, o que seria suficiente para suprir a demanda nacional mínima determinada pelo ministério da Saúde, que é de 30 mil testes por dia. A medida, no entanto, necessita do aval da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), e, de acordo com o gestor, a meta só poderá ser atingida daqui a 4 meses, após a autorização do órgão.

Calderaro afirmou ainda que o novo kit de detecção - desenvolvido com antígenos de brasileiros que foram infectados pela doença - é mais eficaz e mais sensível ao vírus. “A cada novo país o vírus sofre mutações e vai se adaptando. Os kits de diagnósticos produzidos com anticorpos e antígenos importados podem ter baixa sensibilidade de detecção no Brasil, uma vez que não são adaptados à nossa realidade viral”.

Até o momento, o Brasil utiliza dezessete marcas diferentes de kits para diagnóstico rápido de Covid-19, todos autorizados pela Anvisa. “Todas [as marcas de kits] utilizam anticorpos e demais insumos importados, em sua maior parte, da China. Portanto somos dependentes do mercado externo, que atualmente também demanda muito dos mesmos insumos por conta da crise pandêmica”, apontou Calderaro.

Diagnóstico

O kit nacional de detecção do vírus SARS-cov-2 será parecido com o que já é utilizado para diagnóstico de HIV e de dengue. O paciente usa uma fita descartável, onde uma amostra de sangue ou saliva é depositada. A amostra passa por uma reação química, e a indicação da presença ou ausência do vírus vem alguns minutos depois. De acordo com o doutor em biotecnologia e pesquisador Diogo Castro, líder do estudo, grande parte do projeto do teste já está pronta. “Já temos a plataforma de produção de anticorpos e antígenos consolidada e estamos trabalhando para inseri-los na fita do teste rápido e disponibilizar para a sociedade”, afirmou.

Estrutura

Segundo Calderaro, a produção em massa dos kits de diagnóstico rápido no estado do Amazonas poderá ser utilizada, futuramente, como polo de produção em massa do produto, mas para o diagnóstico de doenças diferentes. “A mesma fábrica adotada pelo CBA para a covid-19 poderá ser utilizada para produção de outros anticorpos e testes para diagnóstico de outras doenças de importância regional e nacional”, afirmou. 

Fonte: agenciabrasil

'Quem comanda esse time é o presidente Bolsonaro', diz Mandetta após divergências

Após entrar em rota de colisão com o presidente Jair Bolsonaro e chegar a estar ameaçado de demissão, o ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, fez nesta quarta-feira (8) um aceno a seu chefe e diz que quem comanda a equipe da resposta à crise do coronavírus no Brasil é o mandatário.

"Quem comanda esse time aqui é o presidente Jair Messias Bolsonaro", enfatizou Mandetta, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto.

O ministro ainda que sua equipe está "tranquila" para realizar um bom trabalho, reconheceu que houve problemas internos no governo e finalizou: "Estamos juntos".

A declaração de Mandetta ocorreu em meio a comentários sobre a cloroquina, medicamento defendido por Bolsonaro e um dos pontos de atrito entre o ministério e o Planalto.

Enquanto o presidente quer que a substância seja administrada inclusive para casos menos graves, Mandetta tem resistido, destacado que existem efeitos colaterais e pedido que se aguardem mais estudos.

Durante a entrevista, o titular da Saúde fez outros gestos a Bolsonaro.

"O presidente da República em nenhum momento fez qualquer imposição para mim sobre cloroquina", disse Mandetta. Segundo ele, Bolsonaro entende que há "situações complexas" que precisam ser analisadas pelos conselhos de medicina no Brasil, apesar de defender o medicamento.

Mandetta afirmou ainda que pediu ao Conselho Federal de Medicina que haja um posicionamento da entidade até o próximo dia 20 sobre o uso desse medicamento para pacientes com o coronavírus -na reunião ministerial de segunda-feira (6) Bolsonaro pediu uma manifestação ao ministro da Saúde sobre a cloroquina até o final deste mês.

Principal rosto do combate ao Covid-19 no Brasil, Mandetta chegou a estar ameaçado de demissão. Além do uso da hidroxicloroquina, ele e Bolsonaro passaram as últimas semanas discordando sobre a extensão das políticas de isolamento.

O ministro acabou ficando no cargo por pressão da ala militar do governo e também por seu apoio popular e junto à cúpula do Congresso.

Fortalecido após vencer a queda de braço com Bolsonaro, Mandetta adotou um tom mais conciliador nesta terça-feira (7), o que foi interpretado por integrantes do Planalto como um sinal de busca de alinhamento.

Apesar desse movimento e da pressão interna e externa, auxiliares mantêm o discurso de que a demissão não está descartada, que Bolsonaro é imprevisível e continua insatisfeito com Mandetta. Os dois se reuniram novamente na manhã desta quarta-feira no Planalto.

De acordo com relatos de aliados do chefe da Saúde, Mandetta adotou um tom duro na reunião ministerial de segunda, defendendo a sua linha de atuação pautada nos atuais consensos científicos, o que é seguido pela maioria dos países. Depois, ele seguiu para o ministério e replicou a fala dura em um pronunciamento à imprensa.

Integrantes da ala militar avaliaram que Mandetta exagerou no tom dessa fala, ocasião em que, mesmo sem se referir diretamente a Bolsonaro, repetiu diversas vezes que iria se pautar exclusivamente pela ciência.

Entre outros recados endereçados a Bolsonaro o ministro citou ter lido o "Mito da Caverna" de Platão, gesto interpretado por aliados do presidente como uma provocação para que ele se livre das falsas interpretações que tem da realidade.

Por isso, esses integrantes do governo pediram a Mandetta que ele baixasse o tom. A solicitação, na avaliação de aliados do presidente, surtiu efeito.

RICARDO DELLA COLETTA, RENATO MACHADO E PAULO SALDAÑA
BRASÍLIA, DF (FOLHAPRESS)

Bolsonaro deve ampliar lista de atividades consideradas essenciais na crise do coronavírus

O governo Jair Bolsonaro (sem partido) prepara a ampliação do conjunto de atividades consideradas essenciais durante a pandemia do coronavírus.

A lista, ainda em discussão, tem 14 novos itens e permite que as atividades relacionadas não sejam alvo de limitações durante a pandemia mesmo com medidas de restrição elaboradas por governadores para evitar o avanço da Covid-19.

A inclusão de novas categorias dentre os serviços essenciais foi um pedido do presidente. Nas últimas semanas, ele vem recebendo queixas de empresários e autônomos por causa das medidas decretadas nos estados.

A nova lista foi compilada por técnicos do governo e a expectativa no Palácio do Planalto é que sua publicação ocorra no início da semana que vem, quando a previsão é de um aumento no número de diagnósticos da doença no país.

Segundo auxiliares presidenciais, já é consenso a inclusão de itens como vendas de materiais de construção e de produtos de limpeza, atividades ligadas à cadeia de biocombustíveis, fabricação de produtos petroquímicos e funcionamento de cartórios e locadoras de veículos.

Outros itens defendidos por parte do governo, como uma ampla liberação para o comércio eletrônico e a operação de startups, ainda estão em debate. O receio é que, ao liberar esses setores, outras atividades também possam cobrar do governo uma liberação para que voltem a funcionar.

Também está em debate a inclusão de atividades de empresas que alegam não poderem parar neste momento por causa da complexidade das fábricas, como o setor siderúrgico e a cadeia do alumínio.

De qualquer forma, o governo tem justificativas preparadas para todos os itens. No caso dos produtos de limpeza, por exemplo, argumenta ser necessário manter a higiene de casas a hospitais no atual momento de pandemia.

Materiais de construção seriam liberados para atender necessidades imediatas neste momento, como instalações de infraestrutura para atendimento à população.

A liberação para a indústria petroquímica seria necessária para a fabricação de produtos como luvas, máscaras, álcool em gel e outros insumos necessários tanto no setor hospitalar como em empresas e residências.

O funcionamento de locadoras de veículos tem sido justificado pela necessidade de mobilidade da população, já que boa parte dos motoristas de aplicativos de transporte alugam carros para a atividade. Além disso, o próprio poder público seria um cliente frequente das locadoras.

No caso dos cartórios, o governo entende haver uma série de atividades essenciais a serem executadas pelos cartórios que não podem ser adiadas, tanto para as pessoas físicas como jurídicas.

A lista atual de atividades essenciais está no decreto 10.282, de 20 de março de 2020, e soma 40 itens. O texto prevê a possibilidade de novas inclusões (recentemente, por exemplo, Bolsonaro adicionou atividades religiosas e unidades lotéricas à relação).

O decreto considera como serviços e atividades essenciais aqueles que não podem ser adiados e que, "se não atendidos, colocam em perigo a sobrevivência, a saúde ou a segurança da população".

O texto veda a restrição de circulação de trabalhadores que possa afetar essas atividades e a limitação à movimentação de cargas que possa causa desabastecimento de itens necessários à população.

 

Fonte: Folhapress

Brasil registra 667 mortes por coronavírus e 13,7 mil casos

O Brasil chegou a 667 mortes em razão da pandemia do novo coronavírus (covid-19), segundo atualização do Ministério da Saúde divulgada hoje (7). O número representa um aumento de 20% em relação a ontem (6), quando foram registrados 553 óbitos.

São Paulo segue como epicentro da pandemia, com 371 mortes, mais da metade dos óbitos de todo o país. O estado é seguido por Rio de Janeiro, com 89; Pernambuco, com 34; Ceará, com 31, e Amazonas com 23 mortes.

Também já foram registradas mortes no Paraná (15), Distrito Federal (12), Bahia (12), Santa Catarina (11), Minas Gerais (11), Rio Grande do Norte (oito), Rio Grande do Sul (oito), Espírito Santo (seis), Goiás (cinco), Pará (cinco), Paraíba (quatro), Sergipe (quatro), Piauí (quatro), Maranhão (quatro), Alagoas (duas), Mato Grosso do Sul (duas), Amapá (duas), Rondônia (uma), Roraima (uma), Acre (uma) e Mato Grosso (uma).

O número de casos da covid-19 no país chegou a 13.717, o que marca um crescimento de 13,7% em relação a ontem (6), quando o balanço do Ministério da Saúde marcou 12.056 casos.

A taxa de letalidade do país subiu de 4,4% para 4,9%.

O número de novas mortes foi de 114, o maior desde a série histórica. Ontem, o número de novos óbitos havia sido de 67. O maior resultado nesse indicador havia sido de 73 falecimentos, registrado no sábado (4).

Perfil 

Em relação ao perfil das pessoas que morreram, 58,1% eram homens e 41,9% eram mulheres. No recorte por idade, 78% tinham mais de 60 anos. Na semana passada, esse percentual era de 90%. Em relação aos fatores, de risco, 289 tinham alguma cardiopatia, 202 possuíam diabetes, 70 apresentavam alguma pneumopatia e 48 experimentavam alguma condição neurológica. As hospitalizações com covid-19 chegaram e 2.931.

No balanço de hoje, foram 1.661 novos casos, um recorde desde o início do registro. Na atualização de ontem, foram 926 novos casos. O secretário de vigilância em saúde do MS, Wanderson de Oliveira, argumentou que na terça-feira, em geral, há mais casos pelo fato de os estados consolidarem seus números do final de semana, na segunda-feira.

Estados

Em relação ao número de casos confirmados, São Paulo concentra 5.682, seguido por Rio de Janeiro (1.688), Ceará (1.051), Amazonas (636) e Minas Gerais (559). Os menores números de casos foram registrados em Rondônia (18), Tocantins (19), Piauí (28), Alagoas (32) e Sergipe (36).

Na comparação com outros países, o Brasil é o 14º em número de casos confirmados, o 12º em número de óbitos, o 8ª em taxa de letalidade (número de falecimentos dividido pelos casos) e 16º em mortalidade (mortes proporcionais à população).

Fonte: agenciabrasil



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