BOLETIM 06/09 | Piripiri chega a 1.996 casos de covid-19
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- Categoria: Saúde
- Publicado: Domingo, 06 Setembro 2020 23:22
- Escrito por Redação
O Piauí fecha a primeira semana de setembro com os menores números de casos e mortes por covid-19 registrados desde o mês de junho. Os dados atualizados neste sábado (5) interromperam uma sequência de mais de 10 semanas com números superiores a 100 óbitos e 5 mil novos infectados, confirmando a tendência de queda nos dados relacionados ao novo coronavírus.
Os principais números deste sábado (05/09)- 09 mortes confirmadas / 1.893 no total- 380 casos confirmados / 82.006 no total- Média dos últimos 7 dias: 11 mortes / 677 casos- UTIs: 209 internados (ocupação de 53,05%)
Foram 78 óbitos na semana, o mesmo número registrado na metade de junho, e a redução mais forte após 12 semanas consecutivas com mais de 100 mortes por covid-19.
A redução nos novos casos também foi expressiva: 4.741 nos último sete dias. É o menor número desde a última semana de junho, quando o Piauí contabilizou 4.894 novos infectados.
São cinco semanas seguidas com redução de novos casos, e a terceira semana consecutiva com queda nas mortes por covid.
Neste sábado, foram contabilizados nove óbitos nos seguintes municípios.
- Água Branca - 1 (mulher, 99 anos)
Total do município: 34- Altos - 1 (mulher, 86 anos)
Total do município: 18- Lagoinha do Piauí - 1 (mulher, 60 anos)
Total do município: 2- Marcolândia - 1 (mulher, 90 anos)
Total do município: 6- Porto - 1 (mulher, 48 anos)
Total do município: 11- Santa Cruz do Piauí - 1 (homem, 64 anos)
Total do município: 6- Teresina - 3 (homem, 80 anos; mulheres - 73 e 77 anos)
Total do município: 932
Os números podem incluir tanto mortes ocorridas no sábado como de dias anteriores, mas que somente agora tiveram o resultado do exame do coronavírus recebido pela Sesapi.
São 165 municípios com vítimas fatais da covid-19.
O uso do antibiótico azitromicina no tratamento de pacientes com sintomas graves de Covid-19 não promoveu melhoras na evolução clínica deles. A conclusão é de uma pesquisa feita pela Coalizão Covid-19, liderada pelos hospitais Albert Einstein, HCor, Sírio-Libanês. Moinhos de Vento, Oswaldo Cruz, BP - A Beneficência Portuguesa de São Paulo, pelo Brazilian Clinical Research Institute (BCRI) e pela Rede Brasileira de Pesquisa em Terapia Intensiva (BRICNet).
Os resultados foram publicados na revista científica The Lancet, uma das mais prestigiadas do mundo. "Os achados do estudo, portanto, não sustentam a indicação do uso rotineiro desta terapia no tratamento da doença em casos graves", afirma o grupo no texto.
A azitromicina tem sido o segundo remédio mais usado no mundo no tratamento dos doentes. Ficou atrás da hidroxicloroquina quando se acreditava que a droga era eficaz.
No Brasil, a azitromicina é distribuída por prefeituras e ministrada por diversos médicos. O prefeito Bruno Covas, de São Paulo, por exemplo, anunciou que fez uso da droga quando foi infectado pelo novo coronavírus.
"Muita gente dá azitromicina ao paciente assim que ele chega ao hospital. Mas o estudo revela que ela não traz benefícios aos doentes", diz a médica Viviane Cordeiro Veiga, da BP.
"É um bom antibiótico para infecções respiratórias, mas não tem efeitos benéficos no caso de pacientes graves da Covid-19", diz o médico Alexandre Biasi, do H?Cor.
O estudo da azitromicina é o terceiro publicado internacionalmente pela Coalizão Covid-19 desde que a epidemia começou no Brasil.
Em julho, o grupo divulgou pesquisa mostrando que a hidroxicloroquina não tem eficácia no tratamento de pacientes com sintomas leves ou moderados da Covid-19 que estão hospitalizados. Em setembro, eles mostraram que o uso do corticoide dexametasona diminui o tempo de pacientes graves da doença em respiradores artificiais.
O trabalho com a azitromicina foi realizado com 397 pacientes divididos em dois grupos. Em um deles (214 pessoas), os enfermos foram tratados com doses diárias de 500 mg de azitromicina mais tratamento padrão. Em outro, apenas o tratamento padrão. O tratamento padrão incluía todas as medidas de suporte hospitalar, uso de outros tratamentos como antivirais e, conforme padrão da época da realização do estudo, hidroxicloroquina.
Os pacientes foram acompanhados durante 29 dias. A avaliação considerou seis aspectos: ter recebido alta, mas manifestar sequela; estar internado, porém sem limitações; permanecer internado e continuar recebendo oxigênio; precisar de oxigênio, mas sem ventilação mecânica; fazer uso de ventilação mecânica e, por fim, morrer.
A análise feita 15 dias após o início dos tratamentos mostrou que não houve diferença entre os dois grupos estudados na chance de os pacientes apresentarem melhora.
Não houve diferença importante na mortalidade entre o grupo que recebeu a azitromicina e tratamento padrão (incluindo hidroxicloroquina) e o grupo que recebeu apenas tratamento padrão (incluindo hidroxicloroquina).
No primeiro, a taxa de óbitos após 29 dias foi de 42%. Entre o grupo controle, foi de 40%. Também não houve diferenças significativas no tempo médio de internação: 26 dias para os pacientes que receberam azitromicina mais tratamento padrão e 18 dias entre os pacientes que receberam apenas a terapia padrão.
Como efeitos colaterais, os dois grupos apresentarem índices semelhantes de insuficiência renal: 39% nos que receberam a azitromcina, e 33% nos que receberam apenas o tratamento padrão.
Fonte: Folhapress, por Mônica Bergamo
O River Atlético Clube informou, na tarde desta sexta-feira (4), que um jogador teve teste positivo para o novo coronavírus, mas não está com a covid-19.
A constatação veio após exames feitos pela manhã, na véspera do amistoso com o Guarany de Sobral (CE), marcado para 16h deste sábado (5), no estádio Albertão.
À noite, a Rádio Cidade Verde apurou que um segundo exame do atleta, cujo nome não foi revelado, teve resultado negativo. Com isso, o jogador foi liberado pelo departamento médico para o amistoso. Mas o clube informou que ele seguirá em isolamento.
O médico do Galo, Miguel Ângelo Costa Lago, explicou para a Rádio Cidade Verde que os exames da manhã foram testes rápidos (que detectam anticorpos sete dias após manifestação de sintomas). Com o exame positivo, o jogador foi submetido ao teste RT-PCR (que indica a presença do vírus no organismo da pessoa), e o resultado foi negativo.
"O novo teste aplicado é o RT-PCR - padrão ouro da CBF - e deu negativo. O atleta estava isolado e já foi reintegrado aos trabalhos, estando à disposição da comissão técnica," disse Miguel Ângelo, ao repórter Welyson Costa.
Testagem é a primeira desde retomada dos treinos
Jogadores do River estão alojados no centro de treinamento Afrânio Nunes, zona Sul da capital, desde o fim de julho, quando o clube recebeu autorização da Prefeitura de Teresina para retomar seus treinos em caráter excepcional. Um dos argumentos utilizados foi a estrutura do CT, que permitiria manter o time treinando "sem ter contato com pessoas de fora" do clube - palavras do presidente em exercício, Júlio Arcoverde.
Antes da autorização para os treinos em Teresina, o elenco foi submetido a três baterias de exames. No primeiro, antes da viagem para a última rodada da Copa do Nordeste, um motorista teve teste rápido positivo.
Depois disso, na Bahia, a delegação passou por outras duas testagens do tipo RT-PCR. Na primeira, três jogadores tiveram resultado positivo e foram afastados. Na bateria de exames seguinte, todos os outros testaram negativo.
Somente depois da despedida na Copa do Nordeste, o River iniciou as atividades em Teresina, mas sem nova testagem. E nem todos os jogadores dormem nos alojamentos do CT - os que moram na capital são liberados para ficarem em suas casas e a comissão técnica está em um hotel, segundo apurou a Rádio Cidade Verde.
Entre o início dos treinamentos, no fim de julho, e a testagem desta sexta-feira, houve a chegada do volante Emerson e também a liberação para que atletas pudessem visitar a família fora do Piauí, no Dia dos Pais.
No dia 11 de agosto, o clube recebeu os jogadores Cris e Lucas Bahia, e o meia Bruno Henrique. Questionado na época, o River informou que os atletas realizaram exames de covid-19 antes de deixarem as cidades onde estavam, e que o departamento médico programaria uma nova bateria de testes - o que só ocorreu nesta sexta-feira (4). Cidadeverde.com
O Sistema Prisional do Piauí já registra 871 casos confirmados da Covid-19, entre o início da pandemia, no mês março, e o último dia 31 de agosto. O dado faz parte do balanço semanal divulgado pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), que reúne informações dos 26 estados brasileiros e do Distrito Federal.
O número representa um aumento de 42% em relação ao registrado no balanço divulgado na última semana, quando o Piauí possuía 512 casos confirmados da Covid no sistema prisional.
De acordo com a última atualização, dos 871 casos confirmados até o momento no Piauí, 407 foram registrados entre detentos e 464 em servidores.
Ainda de acordo com o CNJ, o Piauí ocupa a 7ª posição entre os estados no ranking de casos positivos entre servidores. Quando o assunto é contaminação entre detentos, a posição do Piauí é a 17ª.
Até o momento, o sistema prisional do Piauí também registra três mortes por Covid-19, todas envolvendo servidores. De acordo com o balanço do CNJ, ainda não existem registros de mortes entre detentos no Piauí.
O aumento do número casos apontado pelo Conselho Nacional de Justiça coincide com o início da flexibilização da entrada de itens no sistema prisional do Piauí, iniciada pela Secretaria de Justiça no último dia 20 de agosto.
O boletim semanal do CNJ sobre contágios e óbitos por Covid-19 é publicado às quartas-feiras a partir de dados dos poderes públicos locais e ocorrências informadas ao Departamento Penitenciário Nacional (Depen).
Secretaria contesta dados
Procurada pelo Cidadeverde.com para comentar o balanço do CNJ, a Secretaria de Justiça contestou os dados apresentados. De acordo com a Sejus, durante a pandemia da Covid-19, 407 detentos testaram positivos, mas 220 já foram curados.
Dentre os servidores (policiais penais, militares e servidores administrativos), de acordo com a Sejus, 244 testaram positivo e 186 já foram curados.
O total de casos no sistema prisional do Piauí, de acordo com a Sejus, é de 651.
Testagem
O Conselho Nacional de Justiça também apresentou dados referentes à quantidade de testes realizada nos presídios.
No Piauí, 1158 testes foram aplicados entre os detentos e 600 entre os servidores que atuam no sistema prisional do Estado.
Recursos
O CNJ também divulgou informações relacionadas aos recursos recebidos para o combate à pandemia no sistema prisional. De acordo com o balanço, o Piauí recebeu cerca de R$ 2,3 milhões do Fundo Penitenciário Nacional, destinados a bens e serviços no Sistema Prisional.
No balanço, também consta um repasse estadual de R$ 10 milhões, também para aquisição de bens e serviços.
O Piauí declarou ao CNJ ter distribuído 15 mil máscaras de tecido e 56.500 máscaras descartáveis à população carcerária do Estado.
Cidadeverde.com