86 99924-3051


Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna

Anvisa nega 'acesso fácil' à cloroquina e ivermectina



Um dia após Jair Bolsonaro anunciar que vai facilitar o acesso a hidroxicloroquina e ivermectina, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) reiterou nesta sexta-feira, 14, que não houve alteração na regra de compra dos medicamentos e que ainda é preciso apresentar receita dupla nas farmácias e drogarias. Mesmo sem eficácia comprovada para o novo coronavírus, os remédios são defendidos pelo presidente no tratamento da doença.

Na quinta-feira, 13, Bolsonaro afirmou que, a partir de agora, seria preciso apresentar apenas receita médica simples para fazer a compra, não sendo mais necessária a retenção da via no local. "O presidente da Anvisa acabou de confirmar a informação sobre a hidroxicloroquina e a ivermectina. Você já pode comprar com uma receita simples, caso o seu médico recomende para você, obviamente", disse durante transmissão semanal que faz em suas redes sociais.

Questionada, no entanto, a Anvisa afirma não ter havido alteração na regra até o momento. De acordo com a agência, o regulamento válido é a Resolução da Diretoria Colegiada (RDC) 405/2020, publicada no dia 23 de julho, no Diário Oficial da União.

Pela resolução em vigor, o paciente é obrigado a apresentar as duas vias da receita médica, devendo a primeira ficar retida na farmácia. Cada receita é válida por 30 dias, a partir da data de emissão, em todo território nacional, e poderá ser utilizada apenas uma vez.

Ainda segundo o texto da resolução, a medida só será revogada quando a situação de emergência em saúde pública for considerada ultrapassada pelo Ministério da Saúde. Hoje, o Brasil soma ao menos 3,2 milhões de casos confirmados e 105.791 mortes por covid-19, de acordo com os dados mais recentes do Consórcio de Veículos de Imprensa.

"O regulamento unificou as regras de controle específicas para a prescrição da cloroquina, hidroxicloroquina, nitazoxanida e ivermectina", afirma a Anvisa, em nota. "A norma tem por objetivo coibir a compra indiscriminada desses medicamentos, que têm sido amplamente divulgados."

A cloroquina e a hidroxicloroquina são usadas para doenças autoimunes, como lúpus ou malária. Já ivermectina e nitazoxanida servem para tratamentos de doenças parasitárias em seres humanos

Para tentar garantir o estoque a pacientes que necessitam dos fármacos por outras doenças, a Anvisa já havia publicado a resolução 351/2020, em março, que passou a exigir a prescrição médica, em receita especial, para medicamentos à base de cloroquina ou hidroxicloroquina.

Propaganda

Por enquanto, não há nenhum estudo conclusivo sobre a eficácia da cloroquina ou da ivermectina para curar ou prevenir contra o coronavírus. Mesmo sem comprovação científica, o medicamento passou a ser disputado nas farmácias do País e foi propagandeado por Bolsonaro e por outros integrantes do governo.

A pressão para liberar cloroquina também esteve no centro da demissão do ex-ministro da Saúde, o oncologista Nelson Teich, que entregou o cargo em maio após se recusar a cumprir ordem do presidente. Desde então, o general Eduardo Pazuello está interinamente à frente da pasta durante a pandemia.

Na última live, Bolsonaro afirmou ter usado cloroquina após contrair covid-19 e relatou que "12 horas depois estava com sintomas curados". Na mesma transmissão, entretanto, ele admitiu que pode ter sido apenas uma "coincidência", já que pesquisas indicam que a maior parte das pessoas que contraem o vírus não apresenta sintomas da doença.

Ainda assim, o presidente voltou a mostrar uma caixa de cloroquina e a defender o medicamento mais uma vez, ponderando que é preciso ter prescrição médica para o uso. "Para comprar isso aqui (medicamento) precisava da prescrição médica. Ainda precisa (de receita), porque é tarja vermelha", disse.

Na ocasião, Bolsonaro rebateu as críticas de que o Exército produziu cloroquina em excesso durante a pandemia. "Alguns estavam criticando que o presidente mandou o Exército fabricar comprimidos e estão com uma reserva de 4 milhões. É mais ou menos isso que tem, mas o nosso consumo anual da hidroxicloroquina para malária, lúpus, artrite reumatoide, dá 3 milhões de comprimidos por ano. Nada vai ser jogado fora. Tudo vai ser aproveitado de uma forma ou de outra."

Procurado para falar sobre o assunto, o Palácio do Planalto ainda não se manifestou. (Colaborou Renata Okumura)


Fonte: Estadão Conteúdo 



Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna Banner Botão Coluna