Jornalista Tony Trindade é suspeito de tentar atrapalhar operação da PF sobre desvio de dinheiro
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- Categoria: Polícia
- Publicado: Terça, 18 Agosto 2020 08:59
- Escrito por Redação
A Polícia Federal prendeu o jornalista Tony Trindade na manhã desta terça-feira (18), em sua residência, localizada na zona sul de Teresina. Ele é o principal alvo da "Operação Acesso Negado”, deflagrada hoje. Outro mandado de busca e apreensão foi cumprido no sítio do jornalista, na cidade de Monsenhor Gil.
A operação investiga atos ilegais de intervenção e embaraçamento a Operação Delivery que apura desvio de recursos públicos do Fundeb destinado ao município de União. Vale destacar que Tony presta assessoria ao prefeito Paulo Henrique, do município de União.
NOTA À IMPRENSA
A assessoria de imprensa do jornalista Tony Trindade considera oportuno esclarecer fatos a respeito da Operação “Acesso Negado”, deflagrada nesta terça-feira (18) pela Polícia Federal, em Teresina, Monsenhor Gil e União e que resultou na prisão preventiva do jornalista.
Conforme nota divulgada pela própria PF, a operação investiga “atos ilegais de intervenção/embaraçamento” à investigação de desvios de recursos públicos destinados à educação na cidade de União, cabe ressaltar que na qualidade de apresentador de programa de televisão e colunista de jornal, Tony Trindade ao veicular fatos da operação, apenas fez o seu dever de jornalista e formador de opinião.
O mandado de prisão preventiva a título de frear a divulgação de informação soa descabido e desproporcional, uma vez que o jornalista sequer foi ouvido pela autoridade policial antes da condução.
É temoroso ao exercício profissional, que jornalistas sejam presos por relações com suas fontes, relações essas que são asseguradas pela própria Constituição Federal.
Tony Trindade coloca-se à disposição das autoridades, certo de que atos ilegais não prosperarão com o aval da justiça.
Assessoria de imprensa
Operação
Nesta fase da investigação estão cumpridos de um mandado de prisão preventiva e dois mandados de busca e apreensão contra o principal alvo da operação, que tem endereço em Teresina e um sítio em Monsenhor Gil. Os policiais cumprem ainda mais três mandados de busca e apreensão em Teresina, expedidos pela Justiça Federal de Teresina.
De acordo com a PF, durante a Operação Delivery foram identificados atos escusos relacionados a encontros obscuros com agentes públicos com o objetivo de obter informações sigilosas, acesso indevido a processo judicial sigiloso, convergência e manipulação de versões, atos intimidatórios no sentido de frustrar a investigação policial, dentre outros fatos.
O objetivo do cumprimento das medidas judiciais é colher elementos materiais de prova e que identifiquem terceiros responsáveis por fornecer indevidamente informações de caráter sigiloso.
Os investigados poderão responder, na medida de suas culpabilidades, pelo crime de embaraço a investigação policial de crime praticado por organização criminosa (art. 2º, §1º da lei 12.850/13) cuja pena pode chegar a 8 anos de reclusão.
O nome da operação faz referência à conduta daqueles que obtém acesso ilegal a informações resguardadas pelo sigilo. Fonte: Gp1.