Promotor da Mulher é denunciado por agredir ex-namorada
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- Categoria: Geral
- Publicado: Terça, 25 Junho 2019 09:31
- Escrito por Redação
O juiz da 1ª Vara da Comarca da Justiça de Piripiri, Antônio Oliveira, determinou, nesta segunda-feira (24), medidas protetivas para que o promotor de Justiça, Francisco de Jesus Lima, coordenador do NUPEVID (Núcleo das Promotorias de Justiça de Defesa da Mulher Vítima de Violência Doméstica e Familiar) do Ministério Público Estadual, que trabalha há 12 anos em defesa das mulheres vítimas de violência, para que fique 500 metros de distância de sua ex-namorada Cristina Santos Freitas, que apresentou imagens e áudios à Polícia Civil denunciando supostas agressões verbais.
As agressões verbais contra mulheres no ambiente doméstico são crimes previstos na Lei Maria da Penha, legislação que o promotor de Justiça Francisco de Jesus Lima sempre defendeu a aplicação com rigor.
O juiz Antônio Oliveira determinou que o promotor de Jesus Francisco de Jesus fique 500 metros de distância da vítima, dos familiares dela e de testemunhas, por solicitação da Polícia Civil.
O juiz Antônio Oliveira declarou que promotor Francisco de Jesus Lima tem foro por prerrogativa de funções, mas como a denúncia não se trata de fato relacionado ao seu trabalho, ordenou a punição.
O delegado regional de Piripiri, Jorge Terceiro, disse que não instaurou inquérito e pediu apenas medida protetiva. "Como se trata de um promotor vou remeter ao procurador de Justiça para decidir se a investigação ficará com a Polícia ou o Ministério Público", falou Jorge Terceiro.
A Procuradoria Geral de Justiça divulgou nota informando que assim que tomar conhecimento do teor do processo deverá adotar providências que o caso requer.
O promotor Francisco de Jesus afirmou que pediu afastamento do cargo na manhã de segunda-feira (24) e nega que tenha xingado ou praticado agressões verbais com a ex-namorada, com quem tinha um relacionamento amoroso há cerca de dois anos e ficará à disposição do delegado e do juiz para esclarecimentos.
"Me afasto para a elucidação do caso, é incompatível a minha permanência na função. Vou aguardar a decisão do corregedor-geral de Justiça para saber se atende ao meu pedido", disse Francisco de Jesus.
"Não a agredi e quero que o juiz mantenha a medida protetiva e a denúncia mesmo não sendo verdadeira vai macular meu trabalho de 25 anos no Ministério Público. Quando provar minha inocência na Justiça sempre vai ter alguém questionando o meu discurso e prática contra a violência doméstica, que tem grande repercussão. Mas não vou me defender e ofendendo a mulher que me denunciou. O problema é que ela teve acesso ao meu telefone celular e soube que tenho outros relacionamentos amorosos. Já fui casado duas vezes e não quero casar novamente. Eu falei que n~çao quero mal a ela, mas não a quero mais. Houve o rompimento do relacionamento, pois estou em outra relação e foi consensual. Estou com minha consciência tranquilíssima e se falei algo que ela se sentiu ofendida é um direito dela e vou cumprir a decisão judicial", declarou Francisco de Jesus.
Francisco de Jesus manteve um relacionamento de dois anos com a assistente social que mora em Piripiri. Ele crê que houve uma insatisfação por parte dela e garante não saber o que aconteceu.
"Depois que terminamos ela já foi em minha casa com a mãe e não havia motivos para inimizades, mas vou aguardar para ver o processo e me defender. Recebo essa denúncia com uma estranheza enorme. É uma denúncia seríssima e precisa ser esclarecida", acrescentou Francisco de Jesus.
Fonte: meionorte