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Repasse do Fundeb em 2021 será de R$ 179 bilhões

O Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), autarquia federal vinculada ao Ministério da Educação (MEC), deve divulgar, até o final de março, o cronograma de repasses dos recursos da União para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb), que em 2021 deve totalizar R$ 179 bilhões. A informação foi dada pelo ministro da Educação Milton Ribeiro, durante solenidade que marcou a assinatura, pelo presidente Jair Bolsonaro, do decreto que regulamenta os procedimentos operacionais do novo Fundeb.

"Até o final do mês de março, o MEC divulgará, por meio do FNDE, os valores por aluno do Fundeb e o cronograma de repasses dos recursos da União para o ano de 2021. Está previsto o repasse aproximado de R$ 179 bilhões por meio do Fundeb, dos quais R$ 19 bilhões referem-se à complementação da União", afirmou.

O Fundeb foi criado originalmente em 2007 e vigorou até 2020, quando foi restabelecido por meio da Emenda Constitucional nº 108/20, promulgada em agosto, e pela Lei nº 14.113, que entrou em vigor em dezembro do ano passado.

Composto de 20% da receita de oito impostos estaduais e municipais, como ICMS, ITR e IPVA, e de valores transferidos de impostos federais, o fundo custeou em 2019, por exemplo, cerca de R$ 156,3 bilhões para a rede pública. Com o novo fundo, o Congresso Nacional aumentou a participação da União no financiamento da educação básica. A participação federal passa dos atuais 10% para 23%. O aumento é escalonado. Este ano, o percentual passa para 12%. Em 2022, 15%; em 2023, 17%; em 2024, 19%; em 2025, 21%; e a partir de 2026, 23%.

De acordo com o MEC, dentre os temas regulados pelo decreto, estão a transferência e a gestão dos recursos do fundo, definindo as instituições financeiras responsáveis pela distribuição dos recursos, suas responsabilidades, as formas de repasse e movimentação do dinheiro público.

"Embora a proposta de emenda à constituição que trouxe essas inovações tenha sido aprovada no ano passado, estamos ainda em período de transição. Isso porque nos três primeiros meses há necessidade de os técnicos ajustarem como isso será feito para distribuição dos recursos. Hoje, com a assinatura do decreto, daremos início às medidas operacionais, no âmbito do MEC, do Inep e do FNDE, que permitirão, a partir do mês de abril, o próximo mês, a distribuição dos recursos de acordo com critérios mais condizentes e com o propósito de viabilizar, por meio do Fundeb, uma mudança efetiva na qualidade da educação básica em nosso país", destacou Milton Ribeiro.

O decreto ainda trata do acompanhamento e do controle social sobre a distribuição, a transferência e a aplicação dos recursos do Fundo, que serão exercidos, perante os respectivos entes governamentais, no âmbito da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, pelos Conselhos de Acompanhamento e Controle Social instituídos especificamente para essa finalidade.

Em outro decreto assinado por Bolsonaro na solenidade, foi instituído o Conselho de Acompanhamento e Controle Social, no âmbito federal, previsto na lei que regulamentou o Fundeb. O texto regulamenta a indicação dos representantes, a duração dos mandatos dos membros do colegiado, a forma de realização do chamamento público, a periodicidade das reuniões, além de fixar as atribuições da Secretaria Executiva do Conselho.

Segundo o MEC, o Conselho exercerá o acompanhamento e o controle social sobre a distribuição e transferência dos recursos do Fundeb, além de supervisionar o censo escolar anual e a elaboração da proposta orçamentária anual.

"A proposta apresentada pelo Ministério da Educação possibilita a constituição imediata do Conselho, que virá a se somar a outras instâncias governamentais e não governamentais que atuam no acompanhamento da execução do Fundeb. O diferencial dessa iniciativa, no entanto, consiste em ter em sua composição a representação social, possibilitando a participação de membros da sociedade na supervisão e no controle da implementação de uma política pública. O trabalho desenvolvido pelo Conselho auxiliará o governo no planejamento da distribuição e no controle e acompanhamento da transferência dos recursos do Fundo", informou a pasta.

Procurador poderá acionar justiça para proibir aulas presenciais após alerta do COE

O Ministério Público do Trabalho analisa a possibilidade de acionar a justiça para proibir por 30 ou 15 dias as aulas presenciais no estado, após o COE (Comitê de Operações Emergenciais) divulgar dados que 263 professores e trabalhadores da educação testaram positivo em último levantamento. 

Os dados do COE preocuparam as categorias de docentes, que pediram providência. O procurador que acompanhou a reunião pediu que o COE envie os dados para o MPT para ser analisado, juntamente com o decreto do governo do estado, a possibilidade de ingressar com ação para suspender por um período as aulas presenciais. 

Os dados que o COE apresentou na reunião: 

Dia 11 de março – 
396 escolas pesquisadas
206 trabalhadores da educação testaram positivo para a Covid-19;
20 alunos positivados

Dia 18 de março

416 escolas pesquisadas
263 trabalhadores da educação testaram positivo
96 alunos com Covid


Em uma semana – 153 professores, trabalhadores e alunos testaram positivo para a Covid-19. 


Enquanto não há um consenso entre Sindicato dos Professores e donos de escolas, as aulas vão continuar de forma híbrida no Piauí, pelo menos, durante este mês de março. 

Segundo Jurandir Soares, presidente do Sindicato dos Professores e Auxiliares da Administração Escolar do Estado do Piauí (Sinpro), o procurador deu um prazo de 24 horas para o COE repassar as informações e analisar a possibilidade de suspender as aulas presenciais.

"O Sindicato dos Estabelecimentos de Ensino (Sinepe) diz que vai cumprir rigorosamente o decreto do governador. As aulas presenciais não foram suspensas, que era o que nós queríamos, e pedimos junto ao MPT. Porém, sem esses dados específicos do COE, não é possível o procurador entrar com o pedido junto ao Tribunal do Trabalho para suspender essas aulas presenciais porque tem que ser pautada nesses números", disse Jurandir.

Ele destaca que, no momento, as aulas permanecem de forma híbrida.  

"Dessa forma, o procurador pediu em ata, 24 horas, para que o COE encaminhasse esses dados para o MPT, ou seja, ficam mantidas as aulas presenciais esta semana [...] infelizmente não foram aceitos os nossos pedidos de suspensão das aulas presenciais. Porém, estamos em negociação com o Sinepi pra ver se podemos contemplar alguma coisa nessas duas semanas", pontua o representante do Sinpro.

Mesmo sem a suspensão das aulas, Jurandir elenca como ponto positivo a exigência de uma data específica para vacinação dos professores.

"Nós, do Sinpro, estamos esperando ansiosamente essa vacinação. Nossa posição, enquanto sindicato, é de suspender as aulas presenciais, valorizando a vida do trabalhador em Educação. Estamos muito angustiados nesse momento de alta disseminação da doença nessa categoria", destacou.
O Ministério Público do Trabalho informou que o procurador que acompanhou a reunião entrou de férias, mas um procurador substituto vai acompanhar a discussão e analisar os dados do COE e o decreto do governo do estado. 

 

Cidadeverde.com

Comunicado da SEDUC: Hoje daremos inicio ao Cursinho APROVA Piripiri.

Você, que fez a inscrição no cursinho APROVA Piripiri, compareça à Escola Padre Freitas para receber o fardamento, material didático e as informações pertinentes ao ano letivo do preparatório.
Obedecendo o decreto municipal , para que não haja aglomeração, o coordenador do cursinho, prof. Jean Paulo, estará recebendo os alunos nos dias 22,23 e 24 de março, das 17h30 às 20h30.
Através de escolha realizada entre os alunos, o cursinho funcionará na Escola Padre Freitas.

Seduc anuncia compra de tablets e notebooks para distribuir entre alunos e professores no Piauí

Após o veto do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no projeto de lei que previa o repasse de R$ 3,5 bilhões para a qualificação do acesso à internet em escolas públicas. O secretário de Estado da Educação, Ellen Gera, anunciou que vai investir cerca de R$ 60 milhões na compra de tablets e notebooks para serem distribuídos entre as 658 escolas públicas estaduais de todo o Piauí. O anúncio foi realizado através das redes sociais neste sábado(20). 

Segundo Ellen Gera, serão adquiridos inicialmente 10 mil tablets e 15 mil notebooks para dividir entre as unidades educacionais. Ele lembrou que para o início do ano letivo de 2021, foram distribuídos 180 mil chips para estudantes matriculados na rede estadual. 

“Nossa meta agora é adquirir chips para os professores. Além disso, iniciamos uma licitação para comprar tablets e notebooks que serão distribuídos para escolas. A ideia é repassar os tablets para estudantes e os notebooks para os professores em regime de comodato e, após a conclusão dos estudos ou fim das atividades remotas, os equipamentos permaneçam nas escolas e possam continuar sendo usados como material de apoio às atividades pedagógicas”, explicou.

O secretário ainda criticou o veto do presidente e a falta de apoio do governo federal em relação a facilitar o acesso à internet para estudantes e professores de todo o país. 

“A conectividade é, sem dúvida, o grande desafio da Educação desde o início da pandemia. O veto do presidente ao projeto, que garantiria acesso gratuito à internet para estudantes e professores de escolas públicas, mostra a insensibilidade desse governo aos reais problemas da Educação do nosso país. Em 2020, as redes estaduais e municipais não contaram com liderança do MEC para implementar o ensino remoto e híbrido. Estados e municípios procuraram operadoras e firmaram parcerias para garantir internet aos estudantes e tentar diminuir desigualdades”, publicou.

“Na contramão do Governo Federal, continuaremos com a nossa política de mais conectividade, garantindo chips de dados para estudantes e professores. Além disso, vamos equipar as escolas com tablets e notebooks para apoiar as aulas remotas e o modelo híbrido. Investiremos mais de 60 milhões para conectar estudantes e professores da nossa rede estadual de educação”, anunciou Ellen Gera.

A manifestação se dá após Jair Bolsonaro vetar integralmente o Projeto de Lei (PL) 3.477/2020 que previa o repasse de aproximadamente R$ 3,5 bilhões para a qualificação do acesso à internet em escolas públicas. O projeto previa que a União repassasse recursos para que estados e o Distrito Federal pudessem garantir o acesso à internet de alunos e professores durante a pandemia de covid-19, em razão da suspensão das aulas presenciais e adoção do ensino remoto. 

O Conselho Nacional de Secretários da Educação (Consed) emitiu uma nota pública demonstrando perplexidade e solicitando que o Congresso Nacional faça a derrubada do veto.

POSICIONAMENTO PÚBLICO
Sobre o veto presidencial ao projeto que assegura internet gratuita a alunos e professores da rede pública

Considerando o enfrentamento da pandemia e as limitações impostas pelas autoridades sanitárias às atividades presenciais nas escolas, o acesso à internet, além de uma necessidade real, é condição fundamental para que alunos e professores acompanhem as atividades pedagógicas não presenciais e o conteúdo letivo possa ser disponibilizado com qualidade. Além disso, a garantia de acesso à internet é fator
importante para minimizar as diferenças e dificuldades dos estudantes cujas famílias são menos favorecidas.

Dessa forma, o CONSED recebe com perplexidade a informação do veto presidencial ao projeto que garantiria acesso à tecnologia para estudantes e professores. Diante da falta de coordenação nacional, ao menos até o momento, seria a primeira ação importante na área da Educação, realizada pela União, desde o início da pandemia. Não fosse o esforço de estados e municípios até aqui, na oferta de ferramentas para garantir a aprendizagem no período, os danos teriam sido ainda maiores.

Esperamos que o Congresso faça a derrubada do veto, tamanha a importância do projeto para diminuir as desigualdades e garantir acesso à Educação para quem mais precisa. 
 
Brasília, 19 de março de 2021. 
Conselho Nacional de Secretários de Educação.

Bolsonaro veta recursos para levar internet a alunos na pandemia

O presidente Jair Bolsonaro vetou integralmente um projeto aprovado pelo Congresso que garantiria R$ 3,5 bilhões da União para custear serviços de internet a estudantes e professores da escola pública. O veto de Bolsonaro está publicado no Diário Oficial da União (DOU) desta sexta-feira, 19. Pelo texto rejeitado, os recursos viriam principalmente do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust) e de dotações orçamentárias do governo federal, seriam repassados a Estados, Distrito Federal e municípios e permitiriam a oferta de internet a alunos carentes por um prazo de seis meses.

Ao aprovar a matéria no fim de fevereiro, os parlamentares concordaram com o argumento do relator, o senador Alessandro Vieira (Cidadania-SE), de que a medida é urgente e necessária, já que 18 milhões de estudantes brasileiros pobres estão sem acesso à educação por causa da pandemia de covid-19. Professores do ensino fundamental e médio das redes estaduais e municipais e alunos da rede pública pertencentes a famílias inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico) seriam beneficiados, assim como escolas de comunidades indígenas e quilombolas.

Pelo projeto (PL 3.477/2020), os recursos deveriam atender a duas finalidades principais: contratação de soluções de conectividade móvel para a realização e o acompanhamento de atividades pedagógicas não presenciais; e utilização de, no máximo, 50% para aquisição de terminais portáteis, como tablets, que possibilitem acesso a rede de dados móveis.

Para a barrar a medida, Bolsonaro alegou que o projeto não apresenta a estimativa do respectivo impacto orçamentário e financeiro, violando regras constitucionais, fiscais e orçamentárias. "Além disso, a proposição aumenta a alta rigidez do orçamento, o que dificulta o cumprimento da meta fiscal e da Regra de Ouro", destacou o presidente na razão do veto enviada ao Congresso.

O governo de Jair Bolsonaro ponderou, no entanto, que "está empregando esforços para aprimorar e ampliar programas específicos para atender a demanda da sociedade por meio da contratação de serviços de acesso à internet em banda larga nas escolas públicas de educação básica, a exemplo do Programa de Inovação Educação Conectada (PIEC), instituído pelo Decreto nº 9 204, de 2017, e do Programa Banda Larga nas Escolas (PBLE), bem como do Programa Brasil de Aprendizagem, em fase de elaboração, no Ministério da Educação."

As justificativas foram assinadas também pelos ministérios da Economia e da Educação, segundo informa a publicação no Diário Oficial.

 

Estadão Conteúdo



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