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Claro, TIM e Vivo oferecem R$ 16,5 bilhões pela Oi



A TIM Brasil, a Telefônica Brasil (Vivo) e a Claro formalizaram uma nova proposta conjunta de R$ 16,5 bilhões pela unidade móvel da Oi, operadora que pediu recuperação judicial em 2016 com uma dívida, à época, de R$ 65 bilhões.

A Oi estabeleceu um preço mínimo de R$ 15 bilhões pelos seus ativos móveis. A empresa quer usar o dinheiro da venda para financiar o crescimento da sua banda larga de fibra ótica e pagar dívidas, tentando escapar da proteção de insolvência.

Segundo comunicado ao mercado da TIM, a proposta conjunta considera também a possibilidade de assinar com a Oi contratos de longo prazo para uso da infraestrutura de rede da operadora.

As teles pediram à Oi o direito de cobrir potenciais propostas que a empresa brasileira possa ter recebido pelos ativos, que serão divididos pelas três operadoras.

De acordo com dados da consultoria Teleco, a Oi é a quarta colocada no mercado de telefonia móvel no país, com participação 16,28%. A primeira é a Vivo, com 33,01%, seguida pela Claro/Nextel, com 25,97%, e pela TIM, com 23,20%. Os índices são relativos a maio.

"A TIM considera que a oferta endereça as necessidades financeiras do Grupo Oi, de amplo conhecimento do mercado em geral, para que este possa implementar seu plano estratégico e atender seus credores, nos termos do Plano de Recuperação Judicial", afirmou a companhia.

A Claro afirmou, também em comunicado ao mercado, que a nova oferta "está em linha com a regulação vigente".

A Telefônica destacou em seu comunicado ao mercado que a oferta, caso aceita, a proposta vai permitir acelerar o crescimento da empresa e melhorar a qualidade do serviço prestado.

Para escolher o vencedor, a Oi não levará em conta apenas o valor da proposta, mas também qual grupo pode garantir a aprovação dos órgãos reguladores para o negócio mais rapidamente.

A venda da operadora móvel da Oi foi a solução encontrada pelos atuais acionistas para garantir que a empresa desponte em um cenário mais competitivo.

Em conversas com representantes do governo e da Anatel, o presidente da companhia, Rodrigo Abreu, deixou claro que a empresa pretende se tornar uma grande fornecedora de infraestrutura fixa –rede e serviços– para concorrentes em todo o país, especialmente na instalação das redes de 5G.

Está prevista para agosto uma nova assembleia de credores, por meio da qual a Oi buscará aprovar ajustes ao plano original de recuperação judicial. A companhia prevê a venda de ativos da operação móvel, de torres, de data center e de parte da rede de fibra óptica.

Segundo balanço do primeiro trimestre, o total da dívida financeira da Oi era de R$ 24 bilhões. A dívida que está na recuperação judicial é ainda maior, porque inclui outros créditos, como aqueles obtidos com a Anatel.



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