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Óleo que atinge praia no litoral é petróleo cru e Marinha faz monitoramento



As manchas de óleo que apareceram em várias praias do litoral nordestino também foram encontradas no Delta do Rio Parnaíba, entre os estados do Piauí e Maranhão. O registro aconteceu na Ilha dos Poldros, no municipio maranhense de Araioses. Uma tartaruga marinha foi achada morta na região. Autoridades do Piauí foram acionadas para acompanhar a situação.

A Capitania dos Portos do Piauí disse em comunicado à imprensa que auxiliou com embarcações os trabalhos da capitania do Maranhão, do Ibama dos dois estados, e do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal na Ilha dos Poldros. Foram coletadas amostras do óleo, posteriormente enviadas para análise no Instituto de Estudos do Mar Almirante Paulo Moreira, localizado em Arraial do Cabo-Rio de Janeiro.

Segundo o Ibama, desde o dia 02 de setembro a situação está em investigação. Estudos mostraram que a substância encontrada nos litorais trata-se de petróleo cru, ou seja, não se origina de nenhum derivado de óleo. O órgão afirma que o petróleo que está poluindo todas as praias é o mesmo. Contudo, a sua origem ainda não foi identificada. Em análise feita pela Petrobras, a empresa informou que o óleo encontrado não é produzido pelo Brasil. 

O Ibama disse que requisitou apoio da Petrobras para atuar na limpeza de praias. "Nos próximos dias, a empresa irá disponibilizar um contingente de cerca de 100 pessoas", informou o órgão.

Manchas apareceram em oito estados do Nordeste

O Ibama estabeleceu uma série de ações, juntamente com o Corpo de Bombeiros do Distrito Federal (DF), Marinha e Petrobras, com o objetivo de investigar as causas e responsabilidades do despejo, no meio ambiente, do petróleo cru que atingiu o litoral de 46 municípios distribuídos em 8 estados da região nordeste do país. Até o momento, 99 localidades foram afetadas pela substância.

Ainda de acordo com o Ibama, até o momento não há evidências de contaminação de peixes e crustáceos. O alerta é para que banhistas e pescadores evitem contato com o material. 

"Caso seja identificado produto no mar ou nas praias, o cidadão deve informar o local à prefeitura. O óleo recolhido deve ser destinado adequadamente, não sendo recomendado misturá-lo com o resíduo comum", diz o Ibama.

O Instituto orienta que, caso alguém encontre animal com óleo, sejam acionados imediatamente os órgãos ambientais para adotar as providências necessárias. O animal não deve ser lavado nem devolvido ao mar antes da avaliação de veterinário.



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