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Categoria: Acontecimentos & Eventos
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Publicado: Segunda, 11 Junho 2018 08:18
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Escrito por Redação
Diversidade, variedade, multiplicidade, heterogeneidade. Sabe o que estas palavras têm em comum? Todas simbolizam diferenças. Diferenças que podem ser de cor, sexo, raça, religião, estilo de vida e tantas outras. É tempo de aceitar e respeitar o diferente. Esse foi o recado dado por 70 mil pessoas que participaram da 23ª edição da Caminhada da Fraternidade na manhã deste domingo (10). A concentração, como é tradicional, aconteceu no adro da igreja de São Benedito com uma missa celebrada pelo arcebispo metropolitano de Teresina, Dom Jacinto Furtado de Brito Sobrinho. Durante a homilia, o religioso lembrou o mandamento de Jesus que traduz todo o sentimento da caminhada este ano: “Amai-vos uns aos outros, como eu vos amei”.
“Nos sentimos como destinatários dessa bem aventurança, pois estamos aqui para realizar esta palavra de Jesus: amai-vos uns aos outros, como eu vos amei. A fraternidade, que não é a amizade dos sentimentos, nem simpatias, é uma decisão do nosso coração”, disse o arcebispo.
Segundo Dom Jacinto, a fraternidade supera o egoísmo e debela o individualismo das pessoas. “O individualismo é um círculo estreito ao nosso redor. Cremos na fraternidade que é capaz de derrubar muros. Por isso estamos aqui. O fato de estarmos aqui no inicio dessa manhã de domingo pela 23ª vez ostentando o nosso lema: diferenças, nós respeitamos, significa de fato a nossa crença e convicção de que fraternidade se faz com a vida e gestos de partilhas”, disse à multidão.
Antes de liberar os fiéis para a caminhada, mais um recado do arcebispo: não desanimem. “Não desanimem se presenciar sinais contrários, saques aos direitos das pessoas, a globalização da indiferença. Nós rompemos esse cerco proclamando a vitória da fraternidade. Hoje é domingo, dia da ressurreição, onde Jesus venceu o pecado e a morte e nós queremos vencer afirmando: diferenças, nós respeitamos”, afirmou.
A homilia de Dom Jacinto parece que foi feita para a secretária escolar Maria da Cruz, de 32 anos. O desanimo é uma palavra que não está em seu vocabulário. Vítima de preconceito quase que diariamente, ela participou pela primeira vez da Caminhada da Fraternidade.
“Eu achei muito importante o tema. Muitas vezes eu já fui vítima de preconceito. É um momento importante. Vivo sofrendo preconceito por onde eu vou, mas consegui terminar no ano passado o meu curso de secretária escolar”, afirmou, revelando que pediu a Deus naquele momento por sua saúde.
O amor como única religião
Se a palavra é respeito, nada melhor do que os umbandistas para falar disso. As religiões afro-brasileiras são as principais vítimas da intolerância religiosa, que assustadoramente cresce mundo a fora.
“É uma discussão muito válida. Não importa a religião, temos que respeitar o que eu ou você seguiu. O que importa é o respeito. Quando Deus veio ao mundo, ele não disse sobre religião A, B ou C, ele apenas deixou o amor como única religião que o mundo tem. Respeitem nossas religiões. Não descriminamos nenhuma religião, então que nos respeitem e que se coloquem em nosso lugar”, declarou a Lucinete, mas que também pode ser chamada de Ekedy Ty Oxalá. Cidadeverde.com