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Presidente da Câmara afasta vereadora suspeita de aplicar golpe com auxílio emergencial

O presidente da Câmara Municipal de Santa Rosa do Piauí, vereador Karlos Alberto Júnior, afastou nesta sexta-feira (14) a vereadora Patrícia Fernanda (Progressistas) após a maioria dos parlamentares votar pela aceitação de uma representação contra Patrícia. Ela é suspeita de ter aplicado golpe em um beneficiário do auxílio emergencial que está sendo pago pelo Governo Federal.

Logo após a votação, a Câmara formou uma comissão especial que irá analisar as denúncias apresentadas e dar seu parecer para ser levado para votação em plenário. A Comissão foi definida por sorteio, após dois vereadores (Everaldo Rodrigues e Renildo Bezerra) se absterem de participar. A Comissão será composta pelos vereadores Valdinar da Silva (presidente), Geraldo Soares (relator) e Ricardo Messias (membro). 

"Quem afastou foi o presidente. Ele tem autonomia para fazer isso. A Câmara apenas recebeu a denúncia. Um eleitor comum entrou com essa representação e o plenário aceitou por 6 votos a 3. A partir daí o presidente da Câmara suspendeu a vereadora por tempo indeterminado para que o processo corra normalmente", disse ao Cidadeverde.com o vereador Valdinar da Silva.

A Comissão terá até 90 dias para analisar as acusações e dar seu parecer que será levado ao plenário para votação.

Segundo o presidente da Câmara, vereador Karlos Alberto Júnior, o afastamento é por tempo indeterminado, enquanto estiverem acontecendo as investigações. “Ela foi afastada por quebra de decoro.  Recebemos a denúncia de que ela está respondendo a uma ação no Ministério Público Federal por supostamente aplicar um golpe em um beneficiário do auxílio emergencial. Por maioria dos votos, os vereadores avaliam que ela pode ter usado da prerrogativa de vereadora para realizar a ação. Então, ela será avaliada por isso”, explicou.

Vereadora contesta 

O Cidadeverde.com conseguiu falar com a vereadora Patrícia, que informou que entrará com um mandado de segurança na Casa na segunda-feira (17). "Eles sabem que não podem me afastar. Eles criaram uma comissão que tem 90 dias. Eu não fui nem citada ainda pelo MPF, então eles não podem me acusar que eu tenho processo", afirmou a parlamentar.

"Esse afastamento é irregular. O advogado vai entrar com um mandado de segurança e sexta-feira eu estarei na sessão de novo. Não existe nada disso. Não se afasta vereador assim não. Só se afasta vereador depois de julgamento. Nunca recebi nada do MPF", acrescentou.

Sobre o golpe, a vereadora negou as acusações. "Isso é coisa de cunho político. Tem vários vídeos do rapaz dizendo que não me denunciou, que foi só maldade do pai. Isso é tudo mentira. Estão tentando atropelar as coisas. Quando a comissão me citar eu ainda tenho dez dias para recorrer até eu ser afastada. Eles não têm autoridade de fazer", desabafou.

Caso a Comissão decida que a denúncia não procede, a vereadora reassume o cargo. Fonte: Cidadeverde.com



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