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Covid-19: Piauí soma 74 óbitos em três dias

O estado Piauí registrou nas últimas 24 horas o total de 23 óbitos e 1063 novos casos da Covid-19. Os dados foram informados pela Secretaria de Estado da Saúde, na noite desta terça-feira (16). Com isso, em três dias, no caso, reinicio de uma nova semana o estado acumula 74 novas mortes devido a doença. 
Dos 1063 casos confirmados da doença, 608 são mulheres e 455 são homens, com idades que variam de um mês a 94 anos. Dez mulheres e treze homens foram vítimas da Covid-19. 

Elas eram das cidades de Barras (86 anos), Bom Jesus (57 anos), Esperantina (75 anos), Ilha Grande (64 anos), Luís Correia (50 anos) e Teresina (50, 51, 68, 74 e 83 anos). Os do sexo masculino eram de Bom Jesus (82 anos), Floriano (63 anos), Oeiras (37 anos), Parnaíba (88 anos), Picos (64 anos), Piracuruca (86 anos) e Teresina (52, 57, 65, dois de 70 anos e dois de 76 anos). Cinco vítimas não possuíam comorbidades.

Os óbitos pelo novo coronavírus chegam a 3.697 e foram registrados em 215 municípios.  Até agora, morreram 2.146 homens e 1.551 mulheres. Os casos confirmados no estado somam 187.960 distribuídos em todos os municípios piauienses.

Dos leitos existentes na rede de saúde do Piauí para atendimento à Covid-19, há 1152 ocupados, sendo 721 leitos clínicos, 378 UTIs e 53 em leitos de estabilização. As altas acumuladas somam 10.823 até o dia 16 de março de 2021.

A Sesapi estima que 183.111 pessoas já estão recuperadas ou seguem em acompanhamento médico.

'Ministro da Saúde executa a política do governo', diz Queiroga

Confirmado pelo presidente Jair Bolsonaro para substituir o general Eduardo Pazuello no comando do Ministério da Saúde, o médico cardiologista Marcelo Queiroga disse nesta terça-feira (16) que a definição da política "é do governo de Jair Bolsonaro", e cabe à pasta executar as ações.

"O governo está trabalhando, as políticas públicas estão sendo colocadas em prática. Pazuello já anunciou todo o cronograma da vacinação em entrevista ontem [segunda, 15]. A política é do governo Bolsonaro, não é do ministro da saúde. A saúde executa a política do governo", disse, ao ser questionado sobre mudanças em relação à vacinação.

Queiroga respondeu aos jornalistas ao chegar para reunião com Pazuello na sede do ministério.

Questionado, ele evitou comentar a gestão do antecessor e disse que a sua gestão será de "continuidade".

"Pazuello tem trabalhado arduamente para melhorar as condições sanitárias do Brasil e eu fui convocado pelo presidente para dar continuidade a esse trabalho e vencer essa crise na saúde pública brasileira, que não é só na saúde brasileira, é mundial", disse.


Fonte:Folhapress

Cardiologista Marcelo Queiroga aceita substituir Pazuello no Ministério da Saúde

O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, aceitou convite do presidente Jair Bolsonaro para ser ministro da Saúde.

A indicação de Queiroga foi confirmada pelo próprio Bolsonaro, em conversa com apoiadores na chegada ao Palácio da Alvorada.

"[Ele] tem tudo, no meu entender, para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje", declarou Bolsonaro, em fala transmitida por um site bolsonarista.

"No tocante às vacinas, um programa bastante ousado, mais de 400 milhões de doses contratadas até o final do ano. Este mês vamos receber mais de 4 milhões de vacinas, e essa política de vacinação em massa continuará cada vez mais presente em nosso governo", disse.

Bolsonaro disse ainda que Queiroga, além da vacinação, vai promover outros programas para diminuir o número de mortes por Covid-19 no Brasil. Ele elogiou ainda a administração de Pazuello.

"[O] trabalho do Pazuello está muito bem feito, parte de gestão foi muito bem feita. E agora vamos partir para uma parte mais agressiva no tocante ao combate ao vírus", afirmou Bolsonaro. Ele também disse que a oficialização da indicação de Queiroga deve ser publicada na terça (16) e que o período de transição na Saúde deve durar "uma ou duas semanas".

Queiroga se reuniu com Bolsonaro nesta segunda-feira (15) no Palácio do Planalto após a recusa da médica Ludhmila Hajjar para assumir o lugar do general Eduardo Pazuello.

Na véspera, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Queiroga dissera que o presidente conhece seu trabalho, mas que esperaria o posto vagar oficialmente: "Um médico não assume o plantão de outro".

Ele admitiu nesta segunda-feira (15) que estava avaliando sua substituição.

"O cargo é do presidente da República, existe essa possibilidade desde que eu entrei. Eu poderia ficar a curto, médio e longo prazo. Estamos a médio prazo. O presidente está pensando em substituição, avaliando nome, conversei com ele e Ludhmila [Hajjar, que foi cotada para o cargo] e claro que estou a disposição de ajudar a todos que vierem aqui", afirmou.

"É continuidade, não há rompimento. Os senhores não estão acostumados com isso, estão acostumados com o político largar a caneta e ir embora. Nós faremos a transição de forma correta e de continuidade quando nos for determinado", completou.

Diretor do HUT anuncia 68 novos leitos e alerta: "quem mais mata é a covid-19"

O Hospital de Urgência de Teresina (HUT) será dividido e parte de sua estrutura será dedicada exclusivamente para o tratamento de pacientes com covid-19. A unidade de saúde vai ganhar 68 novos leitos – entre UTIs e enfermaria – para atender a demanda. 

“Sábado a direção do HUT foi acionada pela FMS. A rede está saturada. A fila aumentou e fomos acionados para que o HUT desse a sua parcela de contribuição. Já tínhamos 28 leitos de UTIs para pacientes com covid-19. A gente se mobilizou para a abertura de pelo menos 68 leitos entre leitos de UTIs Covid-19 e de enfermaria”, explicou o diretor do hospital, Fábio Marcos, durante entrevista coletiva na manhã desta segunda-feira (15). 

Participaram da entrevista também, o diretor médico Hormone Rodrigues; o diretor de enfermagem Romak Bezerra e o diretor administrativo Fernando Correia.

 

Segundo o diretor, ainda hoje os novos leitos começam a ser instalados. “A gente vai transformar o HUT em uma área de covid e uma área não covid. Por volta das 15h a gente vai disponibilizar 11 leitos críticos de UTIs e 10 leitos de enfermaria covid pra gente já começar o fluxo de pacientes.

A direção do hospital garante que, mesmo com a estrutura dividida, os atendimentos a pacientes com politraumatismo vão continuar.

“Não deixando de ter um olhar para os pacientes de politraumatismo e afecções clinicas que não sejam covid-19. Teremos restrições? Sim, mas teremos ajuda da rede com relação a pacientes clínicos”, destaca Fábio Marcos.

“Iremos organizar a rede de tal forma que os pacientes de maior complexidade covid sejam assistidos no HUT e, ao mesmo tempo, manter o atendimento de politrauma e o restante da rede municipal nos auxiliando”, garantiu o diretor.

Atendimentos ortopédicos caíram com restrições

Fábio Marcos defendeu as medidas restritivas e disse que elas são aliadas não só para barrar a transmissão do vírus como evitar acidentes.

“A gente opera 850 pacientes/mês de ortopedia. São 52 leitos ortopédicos. A gente teve uma redução de 43% de pacientes ortopédicos. O lockdown também contribui para diminuir os acidentes. O propósito não é só para diminuir a transmissão da doença, mas também diminuir acidentes e ajudar no atendimento à covid-19”, afirma o diretor.

Fábio Marcos ressaltou que hoje quem mais mata no Piauí é a covid-19 e não o trauma. “Hoje quem mais mata no Piauí não é trauma é covid-19. Temos uma fila de pacientes que passa de 50. Se tiver frouxidão teremos algo comparado a Manaus”, declarou.

O diretor disse ainda que a FMS autorizou a contratação de profissionais de saúde para atuar no setor covid. “A FMS nos permitiu o contrato de profissionais para atuar no setor de covid. Foi um trabalho árduo para que esse trabalho se tornasse realidade”, finalizou.

Vacinação contra Covid só atingiu um terço das pessoas nos grupos prioritários, diz estudo

O Brasil só conseguiu vacinar até agora um terço das pessoas que integram grupos classificados como prioritários para a vacinação contra a Covid-19 e que já foram chamados para tomar a primeira dose, segundo um estudo feito por pesquisadores com base em dados do Ministério da Saúde.

Ligados à Rede de Pesquisa Solidária, os especialistas calculam que 32% dos integrantes desses segmentos da população já receberam a primeira aplicação, e somente 10% a segunda, considerados os registros compilados pelo ministério nos primeiros 49 dias da vacinação, até o último dia 6.

Os dados mostram que apenas 56% dos profissionais de saúde, 54% das pessoas com mais de 80 anos de idade e 55% dos indígenas conseguiram receber a primeira dose até agora, embora todos nesses grupos tenham lugar garantido na frente da fila desde o começo da vacinação, em janeiro.

Em segmentos que foram classificados como prioritários desde o início, mas só recentemente foram chamados para tomar a vacina, a cobertura ainda é reduzida. Somente 12% dos brasileiros entre 75 e 79 anos e 3% dos que têm entre 70 e 74 anos receberam a primeira aplicação até o início deste mês.

"Falta vacina, mas falta também organização", diz o professor Guilherme Loureiro Werneck, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) e da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). "Temos dificuldades para alcançar até mesmo grupos que são relativamente pequenos numericamente".

O estudo considerou 9 grupos que já foram chamados para a vacinação, de um total de 29 inicialmente classificados como prioritários pelas autoridades. Novos segmentos foram incluídos na lista desde o início do ano, aumentando de 49 milhões para 77 milhões o número de pessoas com preferência, pouco mais de um terço da população do país.

Os grupos que já podem tomar a vacina, que reúnem cerca de 22 milhões de pessoas, são considerados mais vulneráveis ao coronavírus por causa da idade e de outros fatores, ou por estarem muito expostos a riscos, como médicos e enfermeiros que trabalham no enfrentamento da pandemia.

Parte do problema é a inconsistência dos critérios para estabelecer prioridades, dizem os pesquisadores. Embora todos os profissionais da saúde possam entrar na fila, a insuficiência de vacinas tem levado prefeituras e governos estaduais a vacinar primeiro os mais velhos ou que estão na linha de frente.

O levantamento também aponta grande desigualdade regional nos resultados alcançados até aqui. Quase dois terços das pessoas com mais de 80 anos de idade já receberam a primeira dose no Norte e no Centro-Oeste. No Nordeste e no Sul, a cobertura ainda é inferior à metade do grupo populacional.

Até a primeira semana de março, o Ministério da Saúde distribuiu 18 milhões de doses de dois imunizantes, desenvolvidos pela AstraZeneca e pela Sinovac, que começaram a ser produzidos pela Fundação Oswaldo Cruz e pelo Instituto Butantan no Brasil, com matéria-prima importada da China, respectivamente.

O Ministério da Saúde já anunciou outros 183 milhões de doses para os próximos meses, incluindo as que serão fabricadas pelos dois institutos públicos e as que poderão ser importadas de outros laboratórios, alguns ainda em negociação com o governo. As previsões têm sido revistas com frequência.

Nos cálculos dos pesquisadores, isso seria mais do que suficiente para aplicar duas doses nos 77 milhões de pessoas dos grupos considerados mais vulneráveis, mas não para atingir o grau de cobertura que seria necessário para proteger o conjunto da população em idade adulta contra a Covid.

Considerando a eficácia das vacinas que já foram aprovadas para distribuição no país, os especialistas calculam que seria necessário vacinar 70% da população para alcançar esse nível de segurança, o que exigiria cerca de 320 milhões de doses, ou seja, muito mais do que o governo prevê conseguir.

"Teremos mais vacinas nos próximos meses, mas não conseguiremos alcançar a cobertura necessária com rapidez se continuarmos fazendo as coisas sem coordenação", afirma Werneck, que trabalhou no levantamento com Ligia Bahia, da UFRJ, e Mário Scheffer, da Universidade de São Paulo (USP).

Mesmo que a vacinação demore a atingir cobertura mais ampla, a imunização dos grupos mais vulneráveis tende a contribuir para reduzir de forma expressiva os casos mais graves da doença e a necessidade de internação para tratamento, aliviando a pressão que os hospitais sofrem atualmente.

Além da aceleração dos esforços para aquisição de vacinas, o grupo sugere a criação de mecanismos de coordenação, incluindo um comitê técnico para rever o Plano Nacional de Imunização, composto por representantes indicados pelos três Poderes, pela comunidade científica e pela sociedade civil.

Os pesquisadores propõem a fixação de metas de cobertura para imunização dos grupos definidos como prioritários, de no mínimo 90%, e sugerem que novas etapas da campanha de vacinação sejam iniciadas somente depois que a cobertura dos grupos chamados primeiro atingir o mínimo de 70%.

Eles também defendem a ampliação dos horários de atendimento da população e campanhas publicitárias nos meios de comunicação e na internet. "A falta de vacinas interrompe o processo de imunização da população e gera descrédito", diz Werneck. "A comunicação pode ajudar a conter esse efeito."

 

Folhapress



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