Herpes Labial: sintomas, como tratar e tem cura?
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- Categoria: Saúde
- Publicado: Quinta, 26 Julho 2018 10:22
- Escrito por Redação
O que é Herpes labial?
O herpes labial é uma infecção viral e contagiosa nos lábios, na boca ou nas gengivas causada pelo vírus da herpes simples. A doença é caracterizada principalmente pelo surgimento de bolhas pequenas e doloridas.
Embora grande parte da população seja portadora do vírus, a doença pode não se manifestar em algumas pessoas. Quando a doença se manifesta, pode ocorrer episódios de pico da doença mais de uma vez ao ano.
Estágios da infecção
Depois que o vírus do herpes infecta o paciente, ele segue por três estágios: (2)
- Infecção primária: o vírus entra na sua pele ou mucosa e se reproduz. Durante este estágio, podem desenvolver-se feridas bucais e outros sintomas, como febre. Contudo, o vírus podem não pode causar feridas e sintoma, sendo chamado de infecção assintomática. A infecção assintomática ocorre duas vezes mais vezes que a doença com sintomas.
- Latência: neste caso o vírus se move para uma massa de tecido nervoso em sua coluna chamada gânglio da raiz dorsal. O vírus se reproduz novamente e fica inativo.
- Recorrência: quando você encontra certos estresses, emocional ou físico, o vírus pode reativar e causar novas feridas e sintomas.
Tipos
A herpes labial pode ter duas causas:
Vírus da herpes simples tipo 1 (HSV-1)
Normalmente associado a infecções dos lábios, da boca e da face. Esse é o vírus mais comum de herpes simples e muitas pessoas têm o primeiro contato com este vírus na infância. O HSV1 frequentemente causa feridas (lesões) nos lábios e no interior da boca, como aftas, ou infecção do olho (principalmente na conjuntiva e na córnea) e também pode levar a uma infecção no revestimento do cérebro (meningoencefalite). Pode ser transmitido por meio de contato com a saliva infectada. A maioria das pessoas contrai herpes oral quando são crianças, recebendo um beijo de um amigo ou parente.
Vírus da herpes simples 2 (HSV-2)
Normalmente transmitido sexualmente, o HSV-2 provoca coceira e bolhas ou mesmo úlceras e feridas genitais. Entretanto, algumas pessoas com HSV-2 não apresentam quaisquer sinais (latência). A infecção cruzada dos vírus de herpes do tipo 1 e 2 pode acontecer se houver contato oral-genital. Isto é, pode-se pegar herpes genital na boca ou herpes oral na área genital.
Causas
O herpes labial é causada pelo vírus do herpes simples do tipo 1 (HSV-1) na maioria dos casos, mas o vírus do herpes simples tipo 2 (HSV-2) que é o principal causador do herpes genital, também pode provocar herpes labial.
A infecção inicial pode não causar sintomas ou surgimento de bolhas na boca, porém a característica principal do vírus é permanecer em estado latente no tecido nervoso do rosto por tempo variado.
A maior parte da população apresenta anticorpos contra o vírus e dificilmente apresentam sintomas clínicos. Em algumas pessoas, o vírus volta à ativa e produz feridas recorrentes que aparecem geralmente no mesmo local.
Fatores de risco
Os fatores que podem aumentar o risco do herpes labial aparecer incluem: (1)
Manter contato íntimo e compartilhar objetos com uma pessoa que tenha herpes labial
Doenças que debilitam o sistema imunológico, tais como HIV/AIDS e câncer
Sexo sem proteção
Exposição ao Sol
Menstruação
Estresse
Outras infecções
Por que a herpes labial ocorre mais no verão?
Os casos de herpes labial aumentam bastante no verão. A exposição solar pode levar a uma baixa na imunidade, que facilita a reativação do vírus. Muitas vezes, no verão, as pessoas saem de férias, alimentam-se mal e se expõem prolongadamente ao sol, descuidando da saúde, e o vírus aproveita para se expressar.
O uso do protetor labial pode ajudar a prevenir, mas não serve como garantia, apenas auxilia na prevenção de novas feridas.
Sintomas de Herpes labial
Os sintomas de herpes labial pode ser divido em três estágios: (2)
- Coceira: Muitas pessoas sentem uma sensação de coceira, ardor ou formigamento ao redor de seus lábios por um dia ou mais, antes que um ponto pequeno, difícil e doloroso apareça e as bolhas irrompem.
- Bolhas: Pequenas bolhas cheias de líquido geralmente surgem ao longo dos lábios. As feridas causadas pela herpes labial também podem ocorrer ao redor do nariz ou nas bochechas.
- Cicatrização: As bolhas pequenas começam a desaparecer, deixando úlceras abertas rasas e depois cicatrização
O principal sintoma do herpes labial é, também, sua principal característica: o surgimento de bolhas pequenas, avermelhadas e doloridas ao redor da boca.
Uma infecção de herpes labial pode ser semelhante a um episódio de herpes genital. o primeiro episódio de herpes labial pode ser leve ou grave e geralmente ocorre em crianças entre um e cinco anos de idade. Os primeiros sintomas aparecem nas primeiras duas semanas e duram até alguns dias após o contato com o vírus.
Dor de garganta e febre de até cinco dias podem ocorrer antes do aparecimento das bolhas, bem como alguns gânglios no pescoço. Sintomas como coceira, queimação, maior sensibilidade ou formigamento ao redor podem ocorrer cerca de dois dias antes do aparecimento das lesões, que costumam aparecer logo em seguida na gengiva, na boca, na garganta ou no rosto. A pessoa também poderá sentir dor para engolir.
Os episódios posteriores de herpes labial costumam ser mais brandos e os sintomas menos intensos. Exposição ao sol, menstruação, estresse e outros podem desencadear uma crise de herpes labial.
Uma erupção geralmente envolve:
Lesões na pele ou erupções nos lábios, na boca e na gengiva
Bolhas em uma área elevada, vermelha, dolorida
Bolhas que se formam, se rompem e liberam fluido
Crostas amarelas que se soltam para revelar uma pele rosa em cicatrização
Várias bolhas pequenas que se unem para formar uma bolha maior.
Marque uma consulta com seu médico se você apresentar:
Sintomas de herpes labial grave ou que não desapareçam após duas semanas
Feridas perto dos olhos
Sintomas do herpes e sistema imunológico enfraquecido (imunossupressão) devido a doenças ou determinados medicamentos.
Diagnóstico de Herpes labial
Muitas vezes, os médicos conseguem detectar uma infecção pelo vírus da herpes simplesmente por meio da observação clínica, dando especial atenção às feridas. Entretanto, certos testes podem ser solicitados para confirmar o diagnóstico.
Exames
Os principais exames incluem:
Exames de sangue para anticorpos de HSV (sorologia)
Teste de anticorpo fluorescente direto das células extraídas de uma lesão
Cultura viral da lesão
Tratamento de Herpes labial
Se não exigirem tratamento, os sintomas geralmente desaparecem entre uma e duas semanas. Medicamentos antivirais tomados por via oral podem ajudar os sintomas a desaparecerem mais rapidamente e aliviar a dor.
As feridas de herpes costumam reaparecer. Os medicamentos antivirais funcionam melhor se forem tomados quando o vírus estiver começando a voltar, ou seja, antes do aparecimento das feridas. Se o vírus voltar com frequência, o médico poderá recomendar ainda que você tome os medicamentos constantemente.
Pomadas antivirais tópicas podem ser usadas, mas devem ser aplicadas a cada duas hora. Elas são caras e podem reduzir o tempo da erupção entre algumas horas a até um dia, em casos leves de herpes.
Faça compressas com loções antissépticas não agressivas se necessário, tendo o cuidado de não retirar as crostas pois pode haver sangramento e retardar a cicatrização.
Medicamentos para Herpes labial
Os medicamentos mais usados para o tratamento de herpes labial são:
Aciclovir
Canditrat
Ezopen (creme)
Nistatina (solução)
Somente um médico pode dizer qual o medicamento mais indicado para o seu caso, bem como a dosagem correta e a duração do tratamento. Siga sempre à risca as orientações do seu médico e NUNCA se automedique. Não interrompa o uso do medicamento sem consultar um médico antes e, se tomá-lo mais de uma vez ou em quantidades muito maiores do que a prescrita, siga as instruções na bula.
Herpes labial tem cura?
Não há cura para a infecção causada pelo vírus da herpes. Como em alguns casos, a doença pode não apresentar sintomas pode acabar dificultando o tratamento. No entanto, quando tratada corretamente o paciente pode viver sem complicações.
Fonte: minhavida