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Cardiologista Marcelo Queiroga aceita substituir Pazuello no Ministério da Saúde



O presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga, aceitou convite do presidente Jair Bolsonaro para ser ministro da Saúde.

A indicação de Queiroga foi confirmada pelo próprio Bolsonaro, em conversa com apoiadores na chegada ao Palácio da Alvorada.

"[Ele] tem tudo, no meu entender, para fazer um bom trabalho, dando prosseguimento em tudo que o Pazuello fez até hoje", declarou Bolsonaro, em fala transmitida por um site bolsonarista.

"No tocante às vacinas, um programa bastante ousado, mais de 400 milhões de doses contratadas até o final do ano. Este mês vamos receber mais de 4 milhões de vacinas, e essa política de vacinação em massa continuará cada vez mais presente em nosso governo", disse.

Bolsonaro disse ainda que Queiroga, além da vacinação, vai promover outros programas para diminuir o número de mortes por Covid-19 no Brasil. Ele elogiou ainda a administração de Pazuello.

"[O] trabalho do Pazuello está muito bem feito, parte de gestão foi muito bem feita. E agora vamos partir para uma parte mais agressiva no tocante ao combate ao vírus", afirmou Bolsonaro. Ele também disse que a oficialização da indicação de Queiroga deve ser publicada na terça (16) e que o período de transição na Saúde deve durar "uma ou duas semanas".

Queiroga se reuniu com Bolsonaro nesta segunda-feira (15) no Palácio do Planalto após a recusa da médica Ludhmila Hajjar para assumir o lugar do general Eduardo Pazuello.

Na véspera, em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo, Queiroga dissera que o presidente conhece seu trabalho, mas que esperaria o posto vagar oficialmente: "Um médico não assume o plantão de outro".

Ele admitiu nesta segunda-feira (15) que estava avaliando sua substituição.

"O cargo é do presidente da República, existe essa possibilidade desde que eu entrei. Eu poderia ficar a curto, médio e longo prazo. Estamos a médio prazo. O presidente está pensando em substituição, avaliando nome, conversei com ele e Ludhmila [Hajjar, que foi cotada para o cargo] e claro que estou a disposição de ajudar a todos que vierem aqui", afirmou.

"É continuidade, não há rompimento. Os senhores não estão acostumados com isso, estão acostumados com o político largar a caneta e ir embora. Nós faremos a transição de forma correta e de continuidade quando nos for determinado", completou.



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