Marden Menezes crítica segurança pública do Estado e propõe audiência
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- Categoria: Política
- Publicado: Quinta, 22 Fevereiro 2018 17:18
- Escrito por Redação
Deputado ainda criticou a postura do secretário de Justiça Daniel Oliveira ao comparar servidores públicos a facções criminosas.
O deputado estadual Marden Menezes (PSDB), subiu à tribuna nesta quinta-feira (22), para propor a realização de uma audiência pública que terá como objetivo discutir a situação de segurança e ordem pública do Estado e possíveis soluções para a área. O parlamentar disse que ficou assustado com a reportagem exibida por uma TV local, que mostrou a realidade que se encontra a penitenciária de Esperantina.
“Nosso sistema penitenciário está de pior a péssimo, com instalações precárias, visivelmente deterioradas. E na audiência do ano passado foi assegurada a sociedade piauiense que obras de urgência seriam feitas para recuperar e inaugurar novas unidades. Mas, o que se viu em matérias publicadas foi o exemplo da penitenciária de Esperantina que após a rebelião que houve em outubro de 2017 nenhuma obra foi realizada para melhorar a estrutura e condições daquela unidade prisional, apesar da garantia do Governo do Estado e do secretário de Justiça, que afirmaram que o problema seria resolvido num curto espaço de tempo”, frisou o deputado.
Marden citou também as condições das delegacias em todo estado do Piauí, e as comparou a verdadeiras pocilgas. “A cadeia pública de Piripiri, por exemplo é inexistente. Até outro dia os presos eram guardados em carros de transferências, amarrados de forma completamente desconexas com aquilo que exige a segurança pública. E esse quadro ainda perdura apesar do Estado dispor de cerca de R$ 44 milhões do Fundo Nacional que ampara ao sistema penitenciário”, criticou.
Outro ponto debatido na Casa Legislativa foi o comportamento do secretário de Justiça, Daniel Oliveira durante as denúncias apresentadas. “A manifestação do secretário foi inteiramente incompatível com o cargo que ele ocupa. O mínimo que se espera de um gestor público diante de uma denúncia é procurar a sociedade para dar os devidos esclarecimentos e não atacar o servidor público, comparando-os com grupos de facções criminosas.Quando um Ministro de Estado comete algum deslize e isso se torna público e notório, eles são substituídos, afastados dos cargos. Isso aconteceu em todos os governos. Mas, aqui, com flagrantes fatos que chocam a população não há sequer uma medida racional que a gente possa observar se existe boa vontade do governo. Mas, onde está a boa vontade se o servidor público é equiparado a bandido? Quando o secretário diz que há dois adversários claros: primeiro são as facções, e depois são grupos de servidores. Dá para entender que estado estamos vivendo? Então, no mínimo o secretário deve fazer uma retratação pública”, concluiu.
No segundo semestre do ano passado já havia sido realizada uma audiência pública para discutir o sistema penitenciário e carcerário, onde também foi alertado para o número insuficiente de profissionais na área, referindo-se aos agentes penitenciários. Serão convidados para a nova audiência pública, os secretários de Justiça do Estado, Daniel Oliveira, o secretário Segurança Pública, Fábio Abreu, além de representantes do Ministério Público Estadual, do sindicato dos agentes penitenciários, da comissão de Direito Humanos da OAB-PI, da Associação Geral do Pessoal Penitenciário do Estado, entre outras entidades do setor.