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Coronel Viana é exonerado de comando do 4º BPM de Picos



O comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar de Picos, Coronel Edwaldo Viana, publicou, na manhã desta terça-feira (07), em grupos da rede social WhatsApp, um áudio de 7’01” informando sobre sua exoneração do cargo pelo governador Wellington Dias.

De acordo com sua fala, seu afastamento se deu por questões políticas. Há algum tempo o comandante tem mostrado sua pretensão em ser pré-candidato ao Palácio Coelho Rodrigues em Picos. Ele acredita que sua exoneração tem a ver com política.

“Fui recebido de maneira que foi uma surpresa para mim. De uma maneira que não gostei. Eu fui exonerado de minha função. E fui exonerado, não por querer do comandante geral, mas por forças políticas. Foram até o governador fazer a minha cabeça porque eu me manifestei quando disse que ‘bandido, em confronto com a polícia, tem que descer as cordas’. Isso causou polêmica e eu disse em minhas palavras que não sei o porquê, porque quando morrem as pessoas nas filas de hospitais, as pessoas não criam tanta polêmica. A própria mídia não causava tanta polêmica. E essas minhas palavras foram levadas ao Governador, que tenho certeza de que não tinha essa intenção, mas que foi induzido por essas pessoas políticas”, disse ele em trecho de seu áudio.

Ele declara ainda que está saindo de cabeça erguida, pois, mesmo não tendo deixado a criminalidade negativa na cidade, diminuiu o índice da mesma

“Saio de cabeça erguida. Estou deixando Picos não como eu gostaria de deixar, porque não existe uma Picos como eu gostaria que fosse: zero em assaltos. Estou deixando Picos, mas fica uma tropa maravilhosa […] com o menor índice de criminalidade em Picos. Por dois anos consecutivos fomos escolhidos como o melhor Batalhão, o que mais apreendeu armas, drogas. Estamos deixando uma cidade que passou dois anos sem morrer um cidadão”, afirmou.

O Coronel Edwaldo Viana relatou ainda que lhe ofereceram um novo cargo na capital, mas que não aceitou e que agora se sente livre para falar o que precisa ser falado.

“Foi oferecido para mim um grande comando na capital, mas não vou aceitar. Não vou aceitar em lugar nenhum. Eles fizeram isso para me silenciar, mas o tiro saiu pela culatra, pois agora estou livre para falar. Vou tirar minha licença especial e minhas férias e não vou denegrir imagem de ninguém. […] Agora vou mostrar a realidade, estou livre para mostrar a realidade. Não vou atacar ninguém. Sempre respeitarei, pois a autoridade é bíblica. Mas não sou obrigado a aceitar as atitudes que estão fazendo com Picos. […] saio de cabeça erguida, porque falei a verdade”, disse.

A passagem de comando acontece na próxima sexta-feira (10), às 10h00, no Batalhão de Polícia Militar de Picos.

As informações são do Cidades na Net

Ouça o desabafo:

 
No áudio de 7 minutos de duração, o coronel disse que foi exonerado porque "falou a verdade" e afirma, ainda, que forças políticas tiveram influência direta na exoneração.  Edwaldo sugere que a decisão foi uma tentativa de silenciá-lo, mas defende que o "tiro saiu pela culatra" e agora está livre para falar o que quiser. 
 
Edwaldo Viana é exonerado cinco dias após um áudio em que ele afirmava que "bandido tem que descer pelas cordas" ser divulgado. Na mensagem, o então comandante se referia aos suspeitos de assassinar o empresário Edilson Oliveira, de 59 anos, na cidade de Picos.
 
No áudio divulgado hoje, o coronel fala que está "muito chateado" com  a exoneração, mas demonstra não se arrepender do que falou sobre criminosos. O coronel destaca que  prefere a morte a se  curvar "para bandidagem".
 
"Sei que o  comandante geral está me tirando com o coração ferido. Ele sabe da tradição que é Picos. Sabe se for um comandante frouxo a turma passa por cima e toma de conta. A situação geográfica deixa Picos totalmente aberta para bandidagem. É por isso que eu nunca me curvei para bandidagem. Nunca vou me curvar. Eu prefiro a morte a me curvar para bandidagem", desabafa o  coronel.
 
Viana afirma que foi convidado para assumir um "grande comando na capital",mas recusou o convite. 
 
"Não vou aceitar comando  em lugar nenhum porque fizeram isso para me silenciar, mas o tiro saiu pela culatra porque agora que vou falar, agora estou livre para falar o que quiser", disse o coronel que pretende tirar licença seguida de férias.
 
A passagem de comando ocorrerá na próxima sexta-feira (10), às 9h no 4º BPM. 
 
"Não esperava isso, entrego de cabeça erguida . Com a certeza que fiz o possível. Não fiz o ideal, mas fiz o possível", afirma.  Cidadeverde.com.


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