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Categoria: Agora 40graus
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Publicado: Sexta, 19 Março 2021 10:50
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Escrito por Redação
O teste rápido (imunocromatográfico) é utilizado na detecção de anticorpos contra o SARS-CoV-2. Ele detecta a presença de anticorpos no sangue do paciente (poucas gotas extraídas por punção do dedo), que são produzidos pelo sistema imunológico após o contato com o coronavírus. A produção desses anticorpos requer algum tempo e, por isso, esse teste só deve ser realizado ao menos 8 dias após o início dos sintomas (ideal por volta do 10º dia). A realização do teste antes desse período pode levar a um resultado “falso negativo”, por não haver quantidades suficientes de anticorpos nesses momentos. Alguns testes rápidos podem discriminar a presença de diferentes anticorpos, como o IgM, que é produzido mais prontamente e pode ser indicativo de uma infecção mais recente, e o IgG, que é produzido posteriormente e sugere exposição passada ao coronavírus. A função do teste rápido é avaliar o estado imunológico do paciente frente ao SARS-CoV-2, já que a presença de anticorpos sugere exposição anterior ao vírus, embora resultados “falsos positivos” possam surgir pela presença de anticorpos para outros vírus. Por isso, o teste rápido não deve ser usado para confirmar diagnóstico atual de COVID-19.
Já o RT-PCR (reação em cadeia de polimerase com transcrição reversa em tempo real) é o teste molecular utilizado como padrão-ouro para a detecção do SARS-CoV-2. Ele detecta o material genético do vírus em secreções do paciente, geralmente coletadas na orofaringe e nasofaringe por swab, embora outras amostras possam ser utilizadas (escarro, lavado broncoalveolar, etc.). A carga viral é maior no início da infecção e, por isso, a realização do RT-PCR é recomendada, preferencialmente, nos primeiros 7 dias após o início dos sintomas. Por isso, esse teste é o recomendado para confirmar o diagnóstico atual de COVID-19 em pacientes com suspeita clínica.
Não está recomendada a realização de RT-PCR ou teste rápido para suspenção do isolamento domiciliar. A suspensão do isolamento domiciliar deve ser orientada conforme as condições clínicas do paciente (10 dias de isolamento + ausência de sinais e sintomas por, pelo menos, 24h).
Fonte: telessaude